Os tenistas russos e bielorrussos estão impedidos de competir sob nome ou bandeira, uma consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, revelaram hoje as entidades responsáveis pela modalidade, que proíbem ainda aqueles países de competirem em provas por equipas.
Através de um comunicado, os quartos ‘Grand Slams’ do circuito mundial, a Federação internacional (ITF), assim como as Associações de Tenistas Profissionais Masculino e Feminino (ATP e WTA, respetivamente) indicaram as sanções aplicadas, face ao “choque e tristeza sentido em toda a comunidade de ténis”.
“Neste momento, os jogadores da Rússia e da Bielorrússia continuarão a poder competir em eventos internacionais de ténis no Tour [circuito] e nos Grand Slams. No entanto, eles não competirão sob nome ou bandeira da Rússia ou Bielorrússia até novo aviso", pode ler-se na nota divulgada.
Os russos Daniil Medvedev, o novo líder da hierarquia mundial, Andrey Rublev (6.º) e Anastasia Pavlyuchenkova (14.º), ou a bielorrussa Aryna Sabalenka (3.º) poderão, assim, continuar a participar nos torneios ATP E WTA.
Outra das sanções foi a suspensão do Torneio masculino e feminino de Moscovo, agendado para outubro deste ano, tendo sido ainda “retiradas as inscrições de todas as competições internacionais de equipas em torneios ITF até novo aviso”.
Assim, quer a Rússia quer a Bielorrússia ficam fora da Taça Davis e Taça Billie Jean King, dois troféus atualmente na posse dos russos, após as conquistas em Madrid e Praga, respetivamente.
Os organismos lamentam a invasão da Ucrânia pela Rússia e apelam a que “violência termine e a par regresse”.
“Um profundo sentimento de angústia, choque e tristeza foi sentido em toda a comunidade de ténis após a invasão da Ucrânia pela Rússia na semana passada. Os nossos pensamentos estão com o povo da Ucrânia e elogiamos os muitos tenistas que se manifestaram e tomaram medidas contra esse ato inaceitável de agressão. Nós ecoamos seus apelos para que a violência termine e a paz retorne”, manifestaram.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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