O argentino Juan Martin Del Potro, 28.º jogador mundial, afastou quarta-feira Roger Federer, terceiro, do Open dos Estados Unidos e da liderança do ‘ranking’, ao bater o suíço nos quartos de final do último ‘Grand Slam’ do ano.

Frente ao jogador frente ao qual conquistou a edição 2009 da prova, Del Potro superiorizar-se pela sexta vez, em 22 embates, desta vez por 7-5, 3-6, 7-6 (10-8) e 6-4, em 2:51 horas e após salvar quarto ‘set points’ no ‘tie break’ do terceiro parcial.

“Fiz o meu melhor jogo do torneio e penso que mereci esta vitória”, disse Juan Martin Del Potro, que na eliminatória anterior salvou dois ‘match points’ face ao austríaco Dominic Thiem, para vencer o embate em cinco ‘sets’.

Nas meias-finais, Del Potro vai encontrar o espanhol Rafael Nadal, líder do ‘ranking’ mundial, que superou nos ‘quartos’ o russo Andrey Rublev, 53.º da hierarquia, e procura o terceiro título no US Open, após as vitórias em 2010 e 2013.

No fecho dos ‘quartos’, o argentino venceu o primeiro ‘set’ depois de aproveitar o único ponto de ‘break’ do parcial: com 5-5, Federer cometeu uma ‘dupla falta’ e ofereceu um 30-40 ao argentino, que não desperdiçou, fechando depois no seu serviço.

O segundo parcial decidiu-se no quarto jogo, com Del Porto, em desvantagem por 2-1, a fazer um jogo de serviço em branco, que nunca mais recuperou, perdendo por 6-3.

No terceiro, Del Potro quebrou o serviço ao suíço no segundo jogo, após uma ‘dupla falta’ e avançou para 3-0. Ainda teve um ponto para 4-0, mas Federer recuperou, devolveu o ‘break’ no sétimo jogo, também após ‘dupla falta’, e forçou o ‘tie break’.

O equilíbrio pautou o desempate, mas o helvético conseguiu adiantar-se para 6-4: teve dois pontos consecutivos para se adiantar para 2-1 em ‘sets’, mas desperdiçou-os, tal como a liderar por 7-6 e 8-7 e o argentino, soberbo, virou para 10-8.

Novamente em vantagem, Del Potro entrou por cima no quarto parcial e, ao quinto jogo, conseguiu o ‘break’ que, depois, soube gerir, com grande categoria, até final.

Antes, o maiorquino Nadal, de 31 anos, venceu Rublev por 6-1, 6-2 e 6-2, para atingir a 26.ª meia-final da sua carreira em torneios do 'Grand Slam', a sexta no US Open e a primeira desde que ganhou o torneio norte-americano pela segunda vez.

A outra meia-final será jogada entre o espanhol Pablo Carreno-Busta, 19.ª ATP, e o sul-africano Kevin Anderson, 32.º, jogadores que nunca chegaram a uma final do ‘Grand Slam’.

No quadro de singulares femininos, Madison Keys superou Kaia Kapeni, da Estónia, e selou umas meias-finais 100 por cento norte-americanas.

Keys, 15.ª jogadora mundial, superou Kanepi, a 418.ª, em dois ‘sets’, por um duplo 6-3, em uma hora e nove minutos, juntando-se às compatriotas Coco Vandeweghe, 22.ª, que vai defrontar, Venus Williams, nona, e Sloane Stephens, 83.ª.

A presença de quarta jogadoras da ‘casa’ não é inédita, mas já não acontecia há 36 anos, mais precisamente desde a edição de 1981, quando as ‘meias’ foram disputadas por Chris Evert, Martina Navratilova, Barbara Potter e Tracy Austin, que venceu.

Quatro anos depois, em Wimbledon, repetiu-se, pela última vez, a presença de quatro norte-americanas nas meias-finais de um torneio do ‘Grand Slam’, com Evert e Navratilova a serem acompanhadas por Zina Garrison e Kathy Rinaldi.

Das quatro semi-finalistas, apenas Venus Williams, de 37 anos, ganhou o Open dos Estados Unidos, em 2000 e 2001, ou qualquer outro torneio do ‘Grand Slam’.

No outro encontro dos quartos de final da jornada de quarta-feira do quadro feminino, Vandeweghe surpreendeu a número 1 mundial e finalista vencida em 2016, a checa Karolina Pliskova, vencendo em dois ‘sets’, pelos parciais de 7-6 (7-4) e 6-3.

Ao falhar o acesso às meias-finais, Pliskova perdeu também a oportunidade de segurar a liderança do ‘ranking’ mundial, que entregou a Garbine Muguruza, a primeira espanhola a chegar ao primeiro posto WTA desde Arantxa Sánchez, em 1995.