A participação da seleção portuguesa de vela nos Mundiais foi um “grande sucesso”, elogiou o diretor técnico nacional da federação, Luís Rocha, que fez um balanço “extremamente positivo” da campanha em Haia.
“Foi um grande sucesso o da vela portuguesa no Campeonato do Mundo. Conseguimos o máximo que poderíamos ambicionar, duas medalhas na vela adaptada e três qualificações olímpicas. Mais do que satisfeitos, muito felizes”, exultou, em declarações à Lusa.
Diogo Costa e Carolina João foram bem-sucedidos na classe 470, Eduardo Marques em ILCA 7 e Vasileia Karachaliou em ILCA 6, enquanto na vela adaptada, Pedro Câncio Reis e Guilherme Ribeiro foram vice-campeões do Mundo em RS Venture e João Pinto bronze em Hansa 303.
Nos planos da federação está ainda apurar os kites e os 49er: “nessas duas classes estamos a trabalhar para Los Angeles2028, sem prejuízo de virem a evoluir mais rapidamente e obter a qualificação já para Paris2024, mas é extremamente difícil para todos. Ainda assim, o kite feminino [Mafalda Pires de Lima] tem uma hipótese remota de o conseguir na última hipótese, em abril de 2024”.
O dirigente referia-se à semana olímpica de Hières, com o kite a atribuir mais cinco ingressos e o 49er três, sendo que ambas as classes têm Europeus ainda este ano, contudo estes atribuem apenas um lugar para os Jogos.
O facto de três tripulações terem já apurado na primeira de três oportunidades dá “qualidade e paz de espírito no trabalho feito”, ajudando a “diminuir a ansiedade e dar outra disponibilidade para trabalhar com mais serenidade e pormenor, o que faz a diferença nos Jogos Olímpicos”.
Luís Rocha elogiou o “labor de conjunto” dos velejadores nos grupos de treino promovidos pela federação, considerando que os êxitos de Haia são “coletivos” e potenciados pela “partilha de conhecimento, que assim é amplificado”.
Os Mundiais que terminaram no domingo reuniram cerca de 1.400 velejadores de 81 nações em Haia.
Na capital dos Países Baixos começou a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.
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