O selecionador de voleibol de Cabo Verde, o italiano Luca Privitera, apresentou hoje a sua demissão do cargo.

Numa nota endereçada ao presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol (FCV), António Rodrigues, a que a Inforpress teve acesso, Luca Privitera diz que "os últimos acontecimentos, incluindo a não-inscrição da equipa feminina na fase final das eliminatórias para a Copa do Mundo e a maneira como o assunto foi tratado, deixou claro que eu não consigo mais compartilhar as prioridades e as linhas de trabalho da FCV e DGD (Direcção-Geral dos Desportos) ".

"Agradeço aos atletas, treinadores e dirigentes com quem compartilhei o trabalho da formação no campo, e espero que eles continuem neste caminho que tínhamos empreendido juntos", conclui o agora ex-selecionador Luca Privitera na curta missiva dirigida a António Carlos Rodrigues.

Contactado pela Inforpress, o presidente da FCV, António Rodrigues, não prestou declarações prometendo apresentar a reação da federação após o regresso da seleção nacional que participou, no Quénia, nos play-off de apuramento para o Mundial da Polónia.

A FCV havia justificado a indisponibilidade de Luca Privitera em acompanhar a seleção aos play-off no Quénia, de apuramento para o Mundial com "razões de ordem familiar", mas ao que se sabe, o agora selecionador havia manifestado a sua insatisfação para com "alguma desorganização".

Isto porque Privitera viajara em princípios de Janeiro de Itália para orientar os trabalhos de preparação dos selecionados na Cidade da Praia, mas foi surpreendido pelo adiamento do estágio.

A seleção de Cabo Verde de vólei masculina, orientada pelos adjuntos Carlos Ramos “Nelo” e Jorge Neves, terminou hoje a sua participação nos play-off de apuramento africano para o Mundial com a terceira derrota em quatro jogos, desta feita ante o Egito.