O treinador Hugo Silva considerou hoje um "enorme orgulho" a seleção portuguesa estar "por mérito" entre os melhores do mundo na Liga das Nações de voleibol e prometeu lutar pela "difícil" mas "não impossível" permanência.

Hugo Silva, que falava na conferência de imprensa conjunta com os selecionadores do Canadá, Bulgária e Argentina, anfitriã do grupo 2 em Mendoza, rotulou Portugal de ‘outsider' na Liga das Nações, mas com presença por mérito competitivo.

A seleção portuguesa qualificou-se para a Liga das Nações, sucessora da Liga Mundial, com o triunfo na Taça Challenger, e tem a sua estreia na prova marcada para sexta-feira frente à Argentina (madrugada de sábado em Portugal continental).

"Temos dois objetivos. O primeiro é desfrutar da competição e dar tudo pelo voleibol português e o segundo lutar pela manutenção, que é difícil, dado o nível dos adversários, mas não é impossível", referiu o selecionador Hugo Silva.

O capitão da seleção portuguesa Alexandre Ferreira traçou como prioridades para a prova desfrutar ao máximo da possibilidade de defrontar adversários de alto nível, para o conjunto luso ganhar experiência e também poder evoluir nas próximas competições.

"É um orgulho poder representar o voleibol português ao mais alto nível", reforçou Alexandre Ferreira, na apresentação do grupo 2 da Liga das nações, que irá decorrer de sexta-feira a domingo no pavilhão Aconcágua, em Mendoza, com capacidade para 8.500 espetadores.

O selecionador da Argentina, Marcelo Mendez, considerou a Liga das Nações uma "competição difícil", dado o nível dos intervenientes, mas de crucial importância na preparação da sua equipa para a qualificação olímpica que se avizinha.

"Vamos defrontar equipas muito difíceis [ao longo de cinco semanas de competição com a disputa de cinco grupos], mas tentaremos sempre lutar por obter o melhor resultado possível", disse o selecionador argentino Marcelo Mendez, que ainda este fim de semana derrotou Portugal em dois jogos de preparação.

O capitão argentino Sebastián Solé salientou a importância de competir na Liga das Nações, "entre as melhores equipas do mundo", e a oportunidade de "defrontar seleções de nível superior" e o "orgulho de jogar na condição de anfitrião, perante o público de Mendoza", no novo pavilhão de Aconcágua.

Canadá e Bulgária, duas das seleções presentes na Liga das Nações, a outra é a Austrália, na condição de ‘desafiadoras' e que vão lutar com Portugal pela permanência, destacaram também o nível da competição e a importância de jogar entre os melhores do mundo.

Para o treinador do Canadá, Glenn Hoag, competir na Liga das Nações constitui uma oportunidade para "melhorar e evoluir". O seu capitão, John Gordon Perrin, tem uma visão mais otimista e aponta à qualificação para a ‘final a seis', em Chicago, nos Estados Unidos.

O selecionador da Bulgária, Silvano Prandi, apelou à presença do público neste maravilhoso evento de divulgação da modalidade, enquanto o seu capitão Nikolay Uchikov, que já jogou na Argentina, afirmou ser um grande prazer estar de volta, para disputar uma prova como a Liga das Nações.

A seleção portuguesa inicia sexta-feira a sua participação no grupo 2 da Liga das Nações com a Argentina (pelas 01:10 de sábado em Portugal continental), para no dia seguinte defrontar o Canadá e no domingo encerrar com a Bulgária.