O Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) começa na sexta-feira, com o Rali Serras de Fafe/Felgueiras, primeira das oito provas de um calendário que inclui os ralis de Portugal, Açores e Madeira, e com cinco campeões na lista de inscritos.
Esta é uma época que promete, com Ricardo Teodósio, campeão em título, a sair para a estrada com o número 1 na porta do Hyundai i20 N Rally 2, o carro com que este ano procura a revalidação.
O piloto algarvio, campeão em 2019 e 2021, é este ano uma das apostas do Team Hyundai Portugal e acredita que vai ter nas mãos um carro que lhe pode dar o bicampeonato.
“O carro é espetacular, gostei muito, logo desde o primeiro contacto que tive com a máquina”, disse, mostrando-se “confiante” para o Serras de Fafe, onde vai com o objetivo de ser o mais rápido e ganhar e assim entrar da melhor forma na defesa do título de campeão” que tem o objetivo de revalidar no final da temporada.
O campeão em título integra este ano uma equipa na qual foi encontrar o tricampeão Bruno Magalhães (2007, 2008 e 2009), piloto que acredita que esta época poderá juntar um quarto título à sua carreira.
“É o quarto ano na equipa, e tem sido uma história bonita à qual queremos dar continuidade esta temporada onde o objetivo é ganhar. A única garantia que posso deixar é que em cada prova irei sempre dar o meu melhor. Confio bastante no carro, com o qual terminei o ano passado a vencer e as perspetivas são de voltarmos a ser muito competitivos, para já nos pisos de terra do Serras de Fafe”, disse o piloto da Hyundai.
Outro campeão em prova, e o mais titulado na história dos ralis em Portugal, com seis troféus na sua montra, é Armindo Araújo, piloto de Santo Tirso que este ano procura reconquistar um campeonato que na época passada lhe escapou por um ponto.
“No ano passado perdemos por um ponto, mas é assim o desporto automóvel e o objetivo este ano é lutar para ganhar, e sermos campeões, nem que seja por um ponto também”, disse o piloto, que este ano conduz um Skoda Fabia Rally 2 EVO, carro “com provas dadas, com muito potencial”, e que “dá garantias que será muito competitivo seja na terra seja no asfalto”, acrescentando que, este ano, “a concorrência é forte, com vários campeões, e vai ser, certamente, um campeonato muito competitivo”.
Quanto a José Pedro Fontes, bicampeão em 2015 e 2016, procura este ano um título que lhe tem escapado nas últimas épocas.
“O nosso objetivo é conquistar o título, e pensamos ter a capacidade para o fazer. Nos últimos anos estivemos sempre na luta até ao final, embora nos ralis de terra não tenhamos sido tão competitivos como desejaríamos, e como teremos que ser para conseguir conquistar o campeonato. Este ano preparámos bem o carro [Citroen C3 Rally 2] para este tipo de pisos e acredito que seremos muito competitivos já em Fafe”, adiantou o piloto do Porto.
Para José Pedro Fontes, este ano haverá “quatro candidatos ao título, todos campeões nacionais”, não descartando alguma surpresa pontual, lembrando que “há novos pilotos que vão aparecendo e cada vez mais fortes, apostados em desafiarem os mais consagrados”, pelo que espera “um campeonato muito competitivo”.
Na lista de inscritos para o CPR 2022, há ainda um outro piloto que sabe o que é ser campeão, caso de Pedro Meireles, vencedor em 2014, que este ano se apresenta ao volante de um Hyundai i20 N Rally 2.
O CPR conta este ano com um total de oito provas, com a primeira agendada para Fafe/Felgueiras, em piso de terra, nos dias 11 e 12 de março, prova também pontuável para o FIA ERC (European Rally Championship), e com uma lista de 73 inscritos.
O calendário inclui ainda os ralis dos Açores (25/27 março), Terras d’Aboboreira (15/16 abril), Vodafone Rali de Portugal (19 a 21 de maio), Castelo Branco (10 a 12 de junho), Rali da Madeira (04 a 06 de agosto) e Rali da Água – Alto Tâmega, dias 09 e 10 de setembro, e a última no fim de semana de 07 e 08 de outubro, o Rali Vidreiro.
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