O piloto português Guilherme Oliveira (Ligier) venceu hoje a classe LMP3 das European Le Mans Series (ELMS) na prova disputada em Spa-Francorchamps, na Bélgica, e ficou mais perto do título.
O luso, de 17 anos, que faz equipa com o chileno Nicolas Pino e com o norte-americano Charles Crews, venceu as 4 Horas de Spa, quinta e penúltima prova desta competição de resistência automóvel, e assumiu a liderança do campeonato, que se decide em Portimão.
A equipa do português deixou a segunda classificada, a DKR Engeneering, a 41,771 segundos, e a Nielsen Racing em terceiro, a 1.38,380 minutos.
"Cortar a meta na primeira posição, depois de uma corrida com a duração de quatro horas, em que tudo pode acontecer, é uma sensação de grande orgulho, alívio e de missão cumprida. Mas também uma emoção grande e uma grande descarga de adrenalina. Não foi uma corrida fácil, já que, além de a pista ser muito técnica e difícil, até começou com o piso molhado. Também não foi fácil gerir algumas situações no meio do tráfego, mas o mais importante é que chegámos ao fim e com mais uma vitória”, frisou Guilherme Oliveira, que foi o responsável pelo último turno de condução.
Esta foi a terceira vitória consecutiva do piloto luso, que se mostrou “orgulhoso por não ter permitido a aproximação dos mais diretos adversários”.
A prova foi vencida pelo Oreca, da United Autosports, com os britânicos Phil Hanson, Tom Gamble e Duncan Tappy.
Já Miguel Cristóvão (Ligier) não teve a sorte do seu lado, sofrendo o toque de um adversário que danificou o carro, que custou 23 voltas e mais de uma hora para a reparação.
“As condições da pista estavam muito difíceis, muito húmida, mas a obrigar a utilização de ‘slicks’ e alguns pilotos não estavam conscientes das dificuldades. Acabei por ser atingido pelo meu colega de equipa e depois por outro carro. Consegui ir até às boxes, mas perdemos muito tempo e um bom resultado estava comprometido”, apontou o português.
Na classe LMGTE, Henrique Chaves, que fez equipa com John Hartshorne e Jonathan Adam, num Aston Martin, foi oitavo classificado.
“Foi uma corrida difícil. A pista estava muito difícil no início e o John teve algumas dificuldades. Depois, tentamos iniciar uma recuperação, antecipando o ‘stint’ do Jonny, mas tivemos azar com um Full Course Yellow logo a seguir, o que nos impediu de recuperar a volta que tínhamos perdido. O carro estava muito bom, como foi possível ver no meu turno de condução, mas não tivemos a sorte do nosso lado”, frisou o jovem de Torres Vedras, que ficou mais longe do objetivo.
Henrique Chaves considera que “chegar aos três primeiros do campeonato e assegurar um lugar para Le Mans fica mais difícil”, mas promete “não baixar os braços”.
“A próxima prova será no Algarve e vamos dar o máximo para estarmos em condições de terminar a temporada no terceiro posto e dar uma alegria aos adeptos portugueses”, concluiu o piloto de Torres Vedras.
A derradeira prova do campeonato vai ser disputada em 16 de outubro, no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão.
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