Lewis Hamilton lançou criticou abertamente a FIA esta quinta-feira, em véspera do arranque do Grande Prémio da Austrália em Fórmula 1. O piloto britânico não teve qualquer pejo em afirmar que existe uma clara falta de "transparência e responsabilidade" na Fórmula 1 e, consequentemente na organização que rege a modalidade.
O heptacampeão do mundo afirmou que na Federação Internacional do Automóvel tudo é feito e decidido em clima de secretismo, e que os adeptos precisam de um organismo mais transparente.
"Com a FIA as coisas acontecem por trás de portas fechadas, não há transparência nem responsabilidade e os adeptos precisam disso", afirmou o piloto britânico.
Na sequência destas críticas, Hamilton elogiou a postura de Susie Wolff, por esta ter ter avançado com um processo judicial contra várias figuras da FIA, após o organismo ter considerado haver conflito de interesses devido ao facto de Susie, diretora da Academia da F1, ser casada com Toto Wolff, chefe de equipa da Mercedes.
"Estou incrivelmente orgulhoso da Susie. É muito corajosa, defende grandes valores e é uma líder. Num mundo onde as pessoas são silenciadas, ela envia a toda a gente uma grande mensagem. Adoro que tenha levado as coisas para fora deste mundo [da F1] e esteja a lutar lá fora", disse Hamilton.
O piloto de 39 anos, que para o ano estará na Ferrari, foi questionado sobre o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, e se este merecia a sua confiança. A resposta de Hamilton não poderia ter sido mais clara: "Nunca tem", disse o piloto.
Mohammed Ben Sulayem foi acusado de interferir com a realização dos Grandes Prémios de Las Vegas e Arábia Saudita do ano passado, acabando por ser ilibado pelo comité de ética da FIA.
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