Lewis Hamilton juntou-se ao movimento iniciado por alguns jogadores de futebol e criticou os densos calendários desportivos. Neste caso, piloto da Mercedes refere-se à Fórmula 1, mas o sentido do discurso é o mesmo do que os futebolistas têm apresentado.
Para o britânico, é importante ter mais tempo de descanso, de modo a conseguir estar no auge durante a competição. “Há dias em que gostaria de fazer uma pausa, uma pausa de verdade, porque não tens uma pausa realmente grande durante a temporada, como em outros desportos. Não terminas até meados ou finais de dezembro e depois voltas a treinar em janeiro, duas vezes por dia. Há outro par de horas de terapia que também se faz durante esse tempo, pelo que não tens muito tempo livre. E a partir de fevereiro, estás a correr até dezembro”, explicou.
Aos 39 anos, Hamilton prepara-se para fazer uma mudança histórica da Mercedes para a Ferrari, mas admite que a ideia passa por retirar-se enquanto ainda está no auge. O veterano piloto quer ser lembrado (o que certamente acontecerá) como um dos grandes da modalidade.
"Quero estar no máximo enquanto puder e desfrutar plenamente deste desporto, que pratiquei toda a minha vida. Há muita gente que terminou a sua carreira antes do tempo, eu falei com muitos que me disseram: ‘Oxalá pudesse ter feito mais um ou dois anos’. E dizem-me: ‘Fica todo o tempo que puderes!’. Mas eu não quero fazê-lo se não for bom. Tenho mentalmente um plano de até onde gostaria de chegar. Haverá um momento em que já não me dedique a isto e deixe de estar apaixonado? Esse é um momento que espero que nunca chegue, no sentido de que me desapaixonei, mas saberei quando terei de deixá-lo”, concluiu.
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