De telemóvel em riste, Gonçalo Silva 'pendurou-se' junto às barreiras colocadas nas imediações da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para captar os melhores momentos da cerimónia oficial de partida da 56.ª edição do Rali.
Na companhia da namorada, este é o primeiro “dos três grandes eventos” que o estudante universitário espera assistir este mês.
“Confesso que gosto mais de futebol e o desporto motorizado é a minha segunda opção, mas não podia perder! É um momento único para a cidade, uma verdadeira festa que não acontece todos os dias”, destacou.
O entusiasmo aumentava à medida que se começavam a ver e ouvir os primeiros carros e ainda só estava “a começar”.
“É um grande espetáculo e este mês teremos mais. Vamos à Queima [Fitas] e conseguimos bilhetes para os Coldplay. Acho que é um mês que não vamos esquecer”, referiu.
Na plateia montada na Alta universitária falavam-se diversas línguas, entre as quais o espanhol que se fazia ouvir entre dois adolescentes.
Guille Martinez está em Coimbra desde quarta-feira e veio de propósito de Alicante para assistir ao Rali, o seu desporto preferido.
O pai fez-lhe a vontade e trouxe-o, a ele e ao amigo, pela primeira vez a Portugal, onde ficará mais dois dias para ir acompanhando a competição.
Desde sempre gostou de desportos motorizados, o que o levou a querer ser mecânico, uma profissão que está a aprender e que o deslumbra mais do que os 'belíssimos' edifícios das várias faculdades que tinha como pano de fundo.
Da Estónia vieram também vários casais de amigos, que já estiveram em Portugal mais de uma dezena de vezes e que, sempre que podem, vêm ver o Rali.
“É um modo de vida, gostamos muito disto e aproveitamos para passear. Andámos a passear em Coimbra, que é uma cidade com muita história, boa comida e bebida”, referiu Arne Salong.
Vestido a rigor com uma camisola do 24h Le Mans, Tiago Brás, aluno do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), trouxe a namorada para vibrar com os seus pilotos preferidos.
A Formula 1 é a sua grande paixão, mas não podia “deixar de vir ver todo este espetáculo”.
“A cidade até fica com outro brilho! E depois disto, ainda teremos a Queima e só não vamos ver os Coldplay porque não conseguimos bilhetes, mas moramos na zona do ISEC e vamos conseguir pelo menos ouvir”, concluiu.
O Rali de Portugal, que estará na estrada até domingo, vai percorrer 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1.636,25 quilómetros no centro e norte do país, ao longo de 19 classificativas.
Esta edição da prova é organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), contando com a maior lista de inscritos do WRC: cerca de 90 equipas.
Comentários