O ciclista neerlandês Mathieu van der Poel somou hoje o quinto título mundial de ciclocrosse da carreira, num duelo ‘mano a mano’ com o rival de sempre, o belga Wout van Aert, mais uma vez segundo classificado.

Ao cabo de 1:07.20 horas no circuito de Hoogerheide, nos Países Baixos, foi ‘MVDP’ a impor-se ao rival belga, conquistado um título decidido na reta final, disputada à maneira da estrada, ao ‘sprint’, depois de ambos atacarem a corrida deste cedo.

Os dois ciclistas batem-se por títulos, na estrada e no ‘cross’, desde os oito anos, com Van Der Poel a levar a melhor em termos de camisolas ‘arco íris’ nesta vertente, juntando este aos títulos de 2015, 2019, 2020 e 2021, numa prova notada pela ausência do britânico Tom Pidcock, campeão de 2022.

“Competimos deste pequeno, e empurramo-nos a conseguir ir mais longe. Esta foi uma corrida excecional, e teremos mais temporadas. Teremos outras batalhas”, garantiu o novo campeão do Mundo, questionado sobre ‘WvA’.

Van Aert perseguia o quarto título mundial de ciclocrosse da carreira, contentando-se, outra vez, com o segundo lugar, depois de dois se terem distanciado, rápida e facilmente, do restante pelotão.

Num circuito desenhado pelo antigo ciclista Adrie van der Poel, pai de Mathieu, e perante dezenas de milhares de adeptos no recinto neerlandês, o belga Eli Iserbyt foi terceiro, a 12 segundos.

Apesar do nível elevado do pelotão, foi o ‘choque de titãs’ que dominou todas as atenções, com Van Der Poel a lembrar esta vitória, decidida nos últimos 120 metros, como “um dos melhores três momentos da carreira”, com a técnica superior nas manobras a levar a melhor sobre a força do rival.

Os dois ciclistas ainda vão voltar a cruzar-se mais vezes esta época, com a estrada a trazer dois objetivos comuns, a Volta a Flandres e o Paris-Roubaix.

A ‘jogar’ em casa, os Países Baixos ‘limparam’ o pódio da elite feminina, com Fem van Empel, de 20 anos, a somar o primeiro título mundial da carreira, à frente das compatriotas Puck Pieterse, a largos 39 segundos de distância, e Lucinda Brand, terceira a 1.11.