O piloto Miguel Oliveira prometeu hoje uma temporada com “entrega máxima e dedicação total” no MotoGP, onde se estreará na RNF Aprilia, com o objetivo de se bater “com os pilotos do topo” da classificação.

“Posso prometer entrega máxima e dedicação total na Aprilia. Uma boa época é uma época em que, no final, consigamos estar a bater-nos com os pilotos do topo. Esse será o objetivo”, sublinhou aos jornalistas, à margem da renovação de contrato com uma sociedade financeira que o patrocina desde 2017.

Miguel Oliveira trocou esta temporada a KTM pela RNF Aprilia e admitiu que ainda se encontra em fase de adaptação ao novo desafio, mas considerou a mota “competitiva, que requer outro tipo de condução, e bem afinada”, sem entrar em detalhes técnicos.

“Conduzindo-a bem, é uma mota que nos pode dar muitas alegrias e levar-nos onde eu ambiciono”, garantiu, embora tenha realçado, durante a cerimónia de renovação, que “os automatismos, que já tinham sido criados e enraizados, terão de ser readaptados”, o que “demora tempo” e o impedirá de iniciar este campeonato de MotoGP “a 100%”.

A primeira prova decorrerá precisamente em Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve, entre 24 e 26 de março, mas, apesar de ser “especial” estar no grande prémio do seu país, o nível de exigência “é o mesmo independentemente do local onde inicia”.

“Faltam-nos dois dias de testes. Tentaremos ao máximo aproveitar o tempo de pista, as condições, conhecer ainda melhor a mota e preparar o melhor possível o Grande Prémio de Portugal”, disse o piloto natural de Almada, de 28 anos, sobre a preparação.

Nos últimos dias, surgiram algumas notícias que colocavam Miguel Oliveira como uma possibilidade para ascender à equipa de fábrica da Aprilia, mas o português frisou que “não existe nada em cima da mesa” e “os próximos dois anos estão muito decididos”.

“O objetivo é transitar para a equipa de fábrica, não é ficar na equipa satélite, mas isso não me impede de ter bons resultados na equipa satélite também. Portanto, faremos o máximo que podemos com a Aprilia, mas na RNF, para já”, explicou Miguel Oliveira.

O piloto luso terá como companheiro de equipa o espanhol Raúl Fernández, enquanto a equipa de fábrica é composta pelos castelhanos Maverick Viñales e Aleix Espargaró.

“Dá-me mais tranquilidade saber que, nos próximos dois anos, tenho o meu destino traçado, mas tenho de fazer o máximo. Neste campeonato, nada é garantido e temos de trabalhar todos os fins de semana para merecermos o nosso lugar”, atirou o piloto.

Depois de um primeiro período de testes realizado na Malásia, segue-se a derradeira fase de preparação, no Algarve, em 11 e 12 de março, mas Miguel Oliveira expressou que “são sempre muito indecisivos no que toca a perceber quem estará mais forte”.

“Para já, temos de contar com todos e ir vendo em que momento um piloto ou outro possa sobressair. Atualmente, estou a contar com todos [como adversários]”, afirmou.