O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, garantido por mais dois anos em Portimão, vai ser uma das últimas provas do calendário, com o elã de poder decidir o Mundial de velocidade, disse hoje o presidente da Parkalgar.
“Vamos ter MotoGP em 2025 e 2026. Amanhã [quinta-feira] será anunciada a data definitiva, mas será no final do calendário. A prova terá esse elã especial de poder decidir aqui o campeonato”, afirmou Jaime Costa, presidente do conselho de administração da empresa gestora do autódromo algarvio, em conferência de imprensa nas instalações do Autódromo Internacional do Algarve (AIA).
O contrato de dois anos, algo que sucede pela primeira vez na relação entre Parkalgar e Dorna, organizadora do Mundial, dá estabilidade à empresa para trabalhar, até final do próximo ano, na realização da prova de 2025, destacou o diretor-geral.
“Pela primeira vez temos um cenário de dois anos para podermos trabalhar. A primeira prova será daqui a um ano, portanto, não há desculpas para que o trabalho não seja bem feito por nós e pelas entidades ligadas ao turismo, que podem potenciar muito esta vinda do MotoGP mais uma vez a Portugal e ao Algarve”, referiu.
Jaime Costa pretende que não se olhe para o autódromo apenas como um sítio onde se realizam corridas, porque “sobretudo, é um agente económico da região”, que gera riqueza para a economia algarvia, com todas as suas infraestruturas, que incluem hotel e kartódromo.
“Desde 2022, [o AIA] gerou na região 650 mil ‘room nights’ [diárias], 40 milhões de euros (ME) de compras a empresas portuguesas, especialmente localizadas no Algarve, 35 ME de exportações, 16 ME de valor acrescentado bruto para a economia, 343 ME de impacto económico total direto e indireto e por aqui passaram, em três anos, no autódromo, no kartódromo e no hotel, dois milhões de visitantes”, especificou o empresário, durante a conferência de imprensa.
Para 2025, revelou Jaime Costa, o autódromo já tem “280 dias de pista, de atividades, de catering, de alojamento, vendidos”.
O presidente da Parkalgar lembrou ainda o papel que o seu antecessor no cargo, Paulo Pinheiro, fundador do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), falecido no passado mês de julho, teve em todo o processo, incluindo nas negociações para a renovação de contrato.
“Esta grande conquista só foi possível porque alguém teve a ousadia de, em 2020, começar. E a ousadia de começar muitas vezes não é recordada, mas foi a ousadia de uma pessoa, a ousadia do engenheiro Paulo Pinheiro”, frisou.
Presente na sessão, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, revelou que o Governo vai atribuir a Medalha de Mérito Turístico Internacional a título póstumo a Paulo Pinheiro, em cerimónia a realizar em 27 de setembro, por ocasião do Dia Mundial de Turismo.
Numa mensagem vídeo divulgada durante a conferência de imprensa, o piloto da Trackhouse, que vai assinar pela Yamaha da Pramac nas próximas duas temporadas, revelou a sua satisfação pelo anúncio.
“Tenho a certeza de que para o ano vamos conseguir fazer um GP ainda melhor e com mais boa energia. Gostava de dar os parabéns à administração do autódromo, por todo o esforço nas negociações com Dorna e com o Governo para voltarmos a garantir a prova nas duas próximas temporadas. Faço votos para que estes dois grandes prémios nos possam trazer muita alegria e que nos ajudem a honrar o nosso querido Paulo Pinheiro”, disse Miguel Oliveira.
O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que se disputa no Autódromo Internacional do Algarve, (AIA) vai continuar no calendário do Mundial de velocidade pelo menos mais dois anos, foi hoje anunciado em Portimão.
A etapa portuguesa do Campeonato do Mundo de MotoGP, Moto2 e Moto3 realiza-se no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, desde 2020, depois de já ter passado por Jarama (Espanha), em 1987, e pelo Estoril, entre 2000 e 2012.
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