O Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) tem, este ano, um calendário mais longo, com mais uma corrida (14 no total) e o regresso do antigo campeão, o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), num ano em que foi banido o sistema híbrido.

Rovanperä será previsivelmente o principal adversário do campeão de 2024, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), enquanto o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) continuará a tempo parcial, participando apenas em algumas rondas.

O Rali de Portugal volta a estar incluído no calendário, de 15 a 18 de maio, sendo a quinta das 14 rondas previstas este ano, mais uma do que vinha sendo habitual, devido à introdução de quatro novas provas.

O campeonato arranca já esta quinta-feira, com o Rali de Monte Carlo, no Mónaco, seguido da Suécia (fevereiro) e Safari (março), antes de uma das principais novidades deste ano, o Rali das Canárias, em Espanha (de 24 a 27 de abril).

Segue-se Portugal, Sardenha (junho), Grécia (junho), a novidade Estónia (julho) e Finlândia (agosto). De 28 a 31 de agosto disputa-se outra das novidades deste ano, o Rali do Paraguai, que antecede o Rali do Chile, em setembro.

O campeonato regressa, então, ao Velho Continente, para o Rali da Europa Central (outubro), antes da ronda final na Ásia, com o Rali do Japão (novembro) e a prova final, outra das novidades, na Arábia Saudita, de 27 a 30 de novembro.

Relativamente ao campeonato passado, saíram Croácia, Letónia e Polónia.

Outra das novidades passa pela reformulação do sistema de pontuação. Depois da experiência mal sucedida em 2024, em que se atribuíam alguns pontos no final do dia de sábado e os restantes no domingo, a Federação Internacional resolveu dar um passo atrás.

Deixa de haver distribuição de pontos ao domingo, passando a pontuação a ser atribuída no final de cada prova, com distribuição de pontos pelos 10 primeiros (25-17-15-12-10-8-6-4-2-1).

Contudo, mantém-se o esquema de Super Domingo, em que os cinco melhores do derradeiro dia de competição recebem pontos, assim como os cinco melhores da power stage (a especial final).

Segundo a FIA, isto significa que estarão em jogo um máximo de 35 pontos em cada rali (mais cinco do que anteriormente), colocando “mais ênfase na vitória absoluta, mas mantendo oportunidades de recuperação e estratégia”.

Mas a principal diferença está nos regulamentos técnicos. De forma a tornar a competição mais barata e apelativa para as marcas, foi eliminado o sistema híbrido, que dava potência extra mas encarecia os carros de Rally 1, a principal categoria.

Assim, em Monte Carlo os carros serão, este ano, mais leves mas, também, menos potentes, numa prova afetada este ano pelo frio e queda de neve.

“Para além das dificuldades normais em Monte Carlo, teremos o desafio de haver um novo fornecedor de pneus [a Hankook substitui a Pirelli], pelo que serão muitas as surpresas. Teremos de ir passo a passo”, sublinhou o campeão mundial, Thierry Neuville.

O piloto belga admite esperar “condições mais invernosas do que nos anos anteriores que tornarão a prova ainda mais desafiante”.

“O primeiro objetivo é terminar”, garantiu.

Em Monte Carlo estarão 70 pilotos, 10 deles em carros da principal categoria, com destaque para a Toyota (cinco), com a Hyundai a inscrever três e a M-Sport Ford dois.

Os japoneses levam Sébastien Ogier, Kalle Rovanperä, o britânico Elfyn Evans e o japonês Takamoto Katsuta, aos quais se junta o finlandês Sami Pajari, campeão mundial de WRC2 em 2024, com um Yaris da equipa Toyota GAZOO Racing WRT2.

A Hyundai defende o título de pilotos com Thierry Neuville, o estónio Ott Tänak e o francês Adrien Fourmaux.

Pela M-Sport alinham o belga Grégoire Munster e o irlandês Josh McErlean.

Na categoria WRC2 estão inscritos 24 carros.