A Fórmula 1 anunciou, esta terça-feira, aquele que era o segredo mais mal guardado dos últimos tempos: Madrid vai voltar a receber uma corrida de Fórmula 1.
A capital espanhola vai fazer parte do calendário do Mundial, a partir de 2026, naquela que vai ser uma prova citadina. O contrato com a IFEMA MADRIS é válido até 2036. O circuito vai ter 5,57 km, vinte curvas e a qualificação rondará 1,32 minutos.
Madrid já não recebia uma corrida da competição rainha do automobilismo há 40 anos. A última prova aconteceu a 21 de junho de 1981, em Jarama, com Gilles Villeneuve, da Ferrari, a sair vitorioso da prova. Jacques Laffite, da Ligier, e John Watson, da Mclaren, completaram o pódio.
A IFEMA Madrid gere na capital espanhola um recinto de exposições que tem atualmente mais de 200 mil metros quadrados de pavilhões cobertos e outros 10 mil metros quadrados de espaços de reuniões polivalentes, assim como 10 mil lugares de estacionamento.
O recinto é acessível, desde o centro de Madrid, por metro, comboios suburbanos e autocarros urbanos e está a poucos quilómetros do aeroporto, tornando o futuro circuito do Grande Prémio um caso único de acessibilidade em transporte público dentro das provas do campeonato mundial de F1, como vincaram hoje os responsáveis da IFEMA MAdrid e da Fórmula 1.
Está em causa "uma nova premissa de circuito híbrido", que permitirá uma assistência de 110 mil espetadores no primeiro ano e 140 mil a partir do quinto, sem que haja perturbação na organização diária e habitual da cidade, disse o presidente da IFEMA Madrid, Jose Vicente de los Mozos, na apresentação da prova hoje na capital espanhola.
O Grande Prémio de Madrid e o respetivo circuito vão também combinar "espetáculo e competição", com troços "especialmente desenhados" a pensar no espetador no local e na transmissão por televisão, acrescentou Jose Vicente de Los Mozos.
O presidente da Formula 1, Stefano Domenicali, disse que Madrid avançou com "um projeto muito inovador", com "diversidade" e "complementaridade entre os valores que são hoje importantes para a Fórmula 1": competição desportiva, tecnologia e sustentabilidade.
"Isto é a Formula 1 hoje", afirmou.
Segundo a IFEMA Madrid, o Grande Prémio que vai organizar a cidade será o mais sustentável do campeonato mundial, neutro em emissões poluentes, e conta apenas com financiamento privado.
A região de Madrid espera 450 milhões de euros de receitas anuais associadas à prova, assim como a criação de mais de 8.200 postos de trabalho diretos e dezenas de milhar de novos empregos indiretos, com os dez anos de contrato a garantirem o retorno do investimento, segundo a IFEMA e as autoridades da região.
A realização do Grande Prémio de Espanha em Madrid em 2026 será um regresso da Fórmula 1 à cidade, que já tinha sido cenário da prova entre 1970 e 1981.
O calendário do Campeonato do Mundo de F1 tem atualmente 24 corridas.
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