Os pilotos de Fórmula 1 estão reunidos há mais de três horas, numa zona do traçado de Jeddah, a discutir que medidas tomar, após a queda de um míssil a menos de 20 quilómetros do circuito e que causou uma enorme explosão.

A primeira reunião contou com a presença de Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, e ainda com o Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Desse primeiro encontro, a organização da Fórmula 1 decidiu que tudo iria seguir como planeado, apesar da ameaça de um novo ataque.

A segunda sessão de treinos livres para o Grande Prémio da Arábia Saudita de Fórmula 1 começou com atraso. A sessão deveria iniciar-se às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), mas começou com 15 minutos de atraso, depois de o patrão da Fórmula 1, Stefano Domenicali, ter contactado com os pilotos e com as equipas para os informar da situação.

"Ele informou-os de que o fim de semana se vai desenrolar como previsto e que a segurança do evento é uma prioridade para as autoridades após o incidente. Ele vai continuar a mantê-los ao corrente de todas as novas informações e deverá encontrar-se com os chefes das equipas durante a noite para partilhar toda a informação", disse um porta-voz da F1, citado pela agência France-Presse.

Os 20 pilotos que iam participar no Grande Prémio da Arábia Saudita, em Jeddah, permaneceram na reunião e estão a discutir entre eles que medidas tomar. Uma hora depois de ter abandonado a primeira reunião, Stefano Domenicali juntou-se aos pilotos, agora na companhia de Ross Brawn. Entretanto já deixou de novo a reunião, que conta também com os chefes de equipas como Toto Wolf (Mercedes) e Chris Horner (Red Bull).

Alguns jornalistas que acompanham o Mundial de Fórmula 1 asseguram que os pilotos estão a discutir a possibilidade de abandonar a prova de imediato, por temerem pela sua segurança.

Um grande incêndio deflagrou numa instalação da Aramco na cidade saudita de Jeddah, segundo imagens captadas no local, com os rebeldes Huthis do Iémen a reivindicarem a responsabilidade por um ataque à petrolífera saudita naquela cidade.

As imagens das chamas nos depósitos da Aramco - a maior companhia do ramo do mundo em termos de reservas de crude e de produção - e de uma coluna de fumo que sobe centenas de metros e é visível em toda Jeddah foram divulgados no Twitter por vários utilizadores.

A autoridades locais ainda não noticiaram o incêndio, mas um porta-voz militar Huthi, Yahya Sarea, disse numa mensagem televisiva que os rebeldes lançaram um ataque com mísseis contra "as instalações da Aramco em Jeddah e outras instalações vitais na capital do inimigo saudita, Riade”.