O Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de 2022 foi sinónimo de domínio absoluto por parte do campeão em título. Depois de, em 2021, ter lutado com Lewis Hamilton até à última corrida pelo ceptro, este ano Max Verstappen 'passeou' rumo à revalidação do título.

Mas se na categoria rainha do automobilismo a emoção (pelo menos no que ao campeão diz respeito), na categoria rainha do Motociclismo, a MotoGP, a emoção durou até ao fim, com Francesco Bagnaia a sagrar-se campeão mundial pela primeira vez; pelo meio, Miguel Oliveira ganhou corridas e anunciou uma mudança de equipa para 2023.

Especial Revista do Ano 2022: recorde os assuntos que marcaram o ano desportivo. Os temas mais destacados, as notícias mais lidas, os insólitos e os vídeos mais vistos no SAPO Desporto em 2022.

Passeio de Verstappen rumo ao bicampeonato

Depois de um emocionante (e algo polémico) final de Campeonato em 2021, a expetativa era grande para o Mundial de F1 de 2022. E a primeira corrida, no Bharain, trouxe surpresas, com Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr. a conseguirem a 'dobradinha' para a Ferrari desde 2019. Pensou-se que este poderia vir a ser o ano da escuderia do 'cavalinho rampante', mas esta acabou por cometer demasiados erros ao longo da época.

O segundo grande prémio da temporada, na Arábia Saudita (abalado por um atentado perto do circuito no primeiro dia de treinos livres), trouxe a 'normalidade', com o campeão Verstappen a triunfar, à frente dos dois Ferraris. Foi a primeira de 15 (!) vitórias do neerlandês na temporada, um novo recorde de vitórias de um só piloto numa mesma época.

Verstappen selaria, assim, bem cedo a conquista do bicampeonato, com a vitória no Grande Prémio do Japão, a cinco corridas do fim da época. E a Red Bull sagrar-se-ia campeã mundial de construtores no Grande Prémio seguinte, o dos EUA.

A temporada 2022 do Mundial de F1 trouxe também vitórias para Sergio Pérez (colega de Verstappenn na Red Bull), Carlos Sainz Jr. (Ferrari) e George Russel (Mercedes), tendo-se este dois últimos estreado desta forma a vencer no 'grande circo'. O 2.º lugar da classificação geral da época foi para Leclerc, com Sergio Pérez a terminar logo atrás, no 3.º posto.

A temporada ficou ainda marcada por algumas polémicas, como os desentendimentos entre os antigos campeões Lewis Hamilton e Fernando Alonso ou entre os colegas Verstappen e Pérez, ou como a pesada multa aplicada pela FIA à Red Bull por ter excedido o orçamento permitido em 2021.

Luta até ao fim entre Bagnaia e Quartararo

A primeira corrida da temporada, vencida no Qatar por Enea Bastianini em Ducati, não deixava antever aquela que seria a grande luta pelo título de 2022. Nem a segunda, na Indonésia, que trouxe a primeira de duas vitórias na época para o português Miguel Oliveira, em KTM.

Efetivamente, os dois homens que iriam lutar até à derradeira prova da época pelo título, Fabio Quartararo (campeão em 2021) e Francesco Bagnaia, só começariam a somar vitórias ao quarto grande prémio, o Grande Prémio de Portugal, ganho por Quartararo, em Yamaha.

Bagnaia, em Ducati, venceria depois o Grande Prémio seguinte, em Espanha, mas a meio da temporada, ao fim de dez corridas, Quartararo somava três grandes prémios conquistados contra apenas dois de Bagnaia.

Ao fim de dez dos vinte Grandes Prémios da temporada, Bagnaia levava nada mais, nada menos do que 91 pontos de atraso em relação a Quartararo. Só que a segunda metade da época arrancou com o italiano verdadeiramente imparável: quatro triunfos consecutivos. A corrida pelo título estava mais do que relançada.

Bagnaia podia ter feito a festa na penúltima prova da temporada, na Malásia, mas Quartararo conseguiu, 'in extremis', adiar a decisão para o derradeiro Grande Prémio da época, o GP da Comunidade Valenciana. Aí, o italiano precisava de apenas dois pontos para se sagrar campeão e acabou por terminar no 9.º posto, mais do que suficiente garantir o seu primeiro título de campeão do mundo.

Quanto a Miguel Oliveira, para além do Grande Prémio da Indonésia conquistaria também o Grande Prémio da Tailândia, debaixo de muita chuva. Mas a temporada acabou por ser abaixo das expetativas para o piloto português (foi 10.º na geral) e a meio da época começaram a surgir notícias que davam como certa a sua saída da KTM no final da época. Notícias que foram, depois, confirmadas, com o 'Falcão' a anunciar que vai passar a correr com as cores da Aprilia.