
"Apesar do terrorismo que assolou o distrito de Palma de 2020 a 2024, as ações visando a provisão de bens e serviços à população não foram paralisadas (...), o acesso à energia elétrica é de 90%, ou seja, em cada 100 pessoas, 90 têm ligação de energia elétrica na sua residência", lê-se numa nota do Conselho Executivo Provincial de Cabo Delgado, divulgado hoje.
No documento avança-se ainda que, no quinquénio passado, o acesso a água potável em Palma aumentou para 68% e o desempenho na área da agropecuária registou um desempenho correspondente a 95,6%.
O distrito de Palma localiza-se a norte da província de Cabo Delgado, a mais de 500 quilómetros da cidade capital de Pemba, ao longo da estrada N380, uma das poucas asfaltadas da região, e faz limite com a Tanzânia, através do rio Rovuma, e a comunidade de Quilambo.
Palma foi alvo de um dos mais mediáticos ataques protagonizados pelos rebeldes que aterrorizam a província de Cabo Delgado, quando em 24 de março de 2021 os insurgentes invadiram a sede daquele distrito, tendo provocado dezenas de mortos e feridos, bem como a fuga de milhares de pessoas.
A TotalEnergies, cujo consórcio vai investir mais de 20 mil milhões de dólares (17,57 mil milhões de euros) na exploração de gás natural no norte de Moçambique, suspendeu o desenvolvimento do projeto na região, devido a este ataque, perto das infraestruturas do empreendimento, em Palma.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de Maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.
LYCE // VM
Lusa/Fim
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