
O anúncio foi feito pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, num comunicado, onde menciona "uma escala e uma velocidade sem precedentes" a que "se desenrolam os acontecimentos" no Sudão, que hoje entrou no 16º dia consecutivo de guerra entre o Exército e o grupo paramilitar Força de Apoio Rápido.
O conflito já provocou cerca de 530 mortos e quase 4.600 feridos e levou à fuga de milhares de sudaneses para zonas do país mais seguras ou para nações vizinhas e à retirada de cidadãos estrangeiros, incluindo 20 portugueses.
A ONU pediu às partes beligerantes que protejam os civis e infraestruturas nevrálgicas, cedam passagens seguras para as pessoas fugirem das zonas de combate e respeitem os trabalhadores humanitários e sanitários.
Violentos confrontos prosseguiam hoje na capital sudanesa, Cartum, ao mesmo tempo que Exército e paramilitares anunciavam a prorrogação por mais três dias de um cessar-fogo pouco respeitado, mas que permitiu a retirada de estrangeiros e a continuação de negociações.
O conflito segue-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo Governo de transição.
Tanto o Exército como a Força de Apoio Rápido estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o Governo de transição do Sudão em outubro de 2021.
ER (MBA) // MCL
Lusa/Fim
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