Segundo a síntese de execução orçamental publicada pelo Governo, a subida da contribuição turística é justificada "pelo aumento substancial da procura turística".

O valor arrecadado ficou quase 71 milhões de escudos (642 mil euros) acima das melhores previsões do Governo e significa uma receita média equivalente a mais de um milhão de euros por mês.

A contribuição turística foi criada pelo Governo cabo-verdiano em maio de 2013 e serve para financiar o Fundo Mais, que sustenta apoios sociais do Governo cabo-verdiano, nomeadamente o Rendimento Social de Inclusão (RSI) atribuído a famílias em situação de pobreza extrema, que o Governo pretende erradicar até 2026.

Os estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde bateram o recorde de hóspedes em 2023, ultrapassando o total de um milhão: o ano fechou com 1.010.739 hóspedes, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números superam também os valores pré-pandémicos: "face ao ano de 2019, registou-se um crescimento de 23,4% no número de hóspedes".

O Governo e instituições privadas preveem que o setor (que representa um quarto do Produto Interno Bruto de Cabo Verde) continue a crescer, alavancado, em parte, no arranque de voos de companhias de baixo custo, em outubro, para a ilha do Sal -- que concentra a larga maioria das atividades turísticas do arquipélago.

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