Os dois assuntos foram abordados durante um encontro em Londres com o homólogo, David Lammy, tendo ambos condenado a legislação aprovada pelo parlamento de Israel (Knesset) na segunda-feira para banir aquela agência especializada das Nações Unidas de território israelita e dos territórios palestinianos ocupados da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

"Nós consideramos todos que a UNRWA tem um papel insubstituível na ajuda humanitária. Aliás, a ajuda humanitária está com imensos, bloqueios e dificuldades e não temos dúvidas que tem sido a UNRWA que tem, apesar de das dificuldades, conseguido fazer chegar alguma ajuda humanitária essencial e, portanto, essa legislação é altamente censurável e introduz mais um fator de grande preocupação", afirmou.

"Estamos a falar de um agravamento de uma situação que ela própria já é uma situação catastrófica", acrescentou.

Rangel e Lammy também manifestaram apreensão sobre o envio pela Coreia do Norte de milhares de soldados para a Rússia para combaterem a Ucrânia. 

As autoridades sul-coreanas alegam que já viajaram 11.000 soldados, número que deverá aumentar até ao final do ano, enquanto o Pentágono afirmou que um total de 10 mil soldados norte-coreanos já se encontram na Rússia, incluindo "um pequeno número" na região fronteiriça russa de Kursk.

Rangel disse que ainda não claro se estes soldados vão combater na frente leste da guerra, na região de, na Crimeia ou em Kursk, onde recentemente as tropas ucranianas fizeram uma incursão e assumiram controlo de algum território. 

"Eu ouvi por parte das autoridades do Reino Unido, que nesta matéria tem informação altamente credível, uma preocupação enorme", revelou. 

Tanto a guerra na Ucrânia como a crise no Médio Oriente, disse, "tiveram nesta semana desenvolvimentos que apontam para uma escalada muito negativa".

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Lusa/fim