O próximo ano deverá ser de "recuperação coletiva", permitindo assim estabilidade, antecipou Macron, na sua mensagem de Ano Novo, transmitida nas redes sociais.

Na sua intervenção, o Presidente francês admitiu que a dissolução do parlamento, decidida em junho, trouxe mais divisões do que soluções para os franceses e gerou "mais instabilidade do que serenidade".

Em 09 de junho, Macron anunciou a dissolução do parlamento e convocou eleições legislativas, numa altura em que lamentou a ascensão da extrema-direita.

"Não posso fingir que nada aconteceu", justificou, na altura, Macron, numa declaração a partir do Palácio do Eliseu, após serem anunciadas as projeções de resultados das eleições europeias, ganhas de forma destacada pelo partido de extrema-direita União Nacional de Marine le Pen.

O Presidente francês falou hoje também sobre a importância de a França prosseguir com a sua política de rearmamento, que teve início após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Para Macron, os problemas que estão, atualmente, a marcar o mundo tornam necessário que o país seja "mais forte".

O chefe de Estado, que falou aos franceses durante cerca de oito minutos, prometeu ainda continuar a trabalhar para garantir que o país permanece atrativo.

Emmanuel Macron quer que a França inove, cresça, mantendo as finanças equilibradas, e gere emprego.

Da mensagem de Ano Novo fizeram ainda parte temas como a agricultura, com o Presidente a pedir o fim da ingenuidade face "às leis comerciais ditadas por outros".

É preciso um "despertar europeu" científico, intelectual, tecnológico, industrial, agrícola, energético e ecológico, apontou.

Neste sentido, disse ser necessário "avançar mais depressa, tomar decisões com mais firmeza", bem como simplificar as regras da Europa e reforçar o investimento.

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