"Há uma redução em relação a 2023 graças ao processo e atividades de fiscalização e aquilo que são as intervenções que são muito específicas em relação a segurança rodoviária", disse, hoje, aos jornalistas o presidente do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO), Chinguane Marcos Mabote, durante uma formação com a organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a lei em matérias de segurança rodoviária, no âmbito de revisão do código da estrada, em Maputo.

Segundo o balanço da polícia a que a Lusa teve hoje acesso, as mortes resultaram de 137 acidentes de viação registados entre janeiro e março de 2024 (contra 162 em 2023) e que causaram ainda 330 feridos, entre graves e ligeiros.

A maior parte dos sinistros (22) e óbitos (30) foram registados na província de Gaza, no sul de Moçambique, indicou o Ministério do Interior.

"A velocidade excessiva prevaleceu como a principal causa, visto que do universo de 137 casos registados, 79 foram por velocidade excessiva", aponta-se ainda no documento.

O INATRO e a OMS realizam, a partir de hoje e até sexta-feira, uma formação em segurança rodoviária para aumentar as capacidades dos membros da comissão multissetorial de revisão do código de estrada moçambicano, visando a "produção de uma proposta mais robusta".

"Esperamos que não seja mais uma formação, mas sim que a mesma traga resultados concretos com destaque ao aumento das vossas habilidades técnicas", disse Severin von Xylander, representante da OMS em Moçambique.

Sem avançar datas, o presidente do INATRO disse que espera que até 2025 se tenha um novo código de estrada em Moçambique.

"Estão em curso auscultações a nível nacional em vários setores, vertentes e estratos para que se traga um instrumento que vá ao encontro com aquilo que é a realidade atual e situacional de Moçambique", referiu Chinguane Marcos Mabote.

De acordo com dados da OMS, Moçambique "tem um fardo de mortes no trânsito acima da média" em África, com 20 mortes por 100.000 habitantes.

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