"As manipulações e fraudes que acompanharam esta eleição não têm precedentes na história da nossa nação", disse o candidato do Partido Democrático do Povo (PDP), em declarações à imprensa em Abuja.

"Ainda não percebo porque é que o árbitro eleitoral teve tanta pressa em concluir a recolha e divulgação dos resultados, face ao número de reclamações e irregularidades" registadas, disse, reforçando tratar-se, "de facto, uma violação da democracia".

Segundo o político nigeriano, os resultados apurados pela Comissão Nacional Eleitoral do país "foram grosseiramente mal direcionados" a favor de Bola Tinubu, de 70 anos , da Assembleia dos Progressistas (APC), que venceu oficialmente a eleição presidencial com mais de 8,8 milhões de votos, ou 36% dos votos.

O ex-vice-presidente Atiku Abubakar, de 76 anos, obteve 29% dos votos, enquanto o favorito da juventude, Peter Obi, de 61 anos, ficou em terceiro lugar com 25% dos votos.

Peter Obi anunciou que vai contestar os resultados em tribunal. Questionado sobre se tencionava fazer o mesmo, Abubakar limitou-se a responder: "Os nossos advogados estão a estudar os resultados das eleições, aguardamos os seus pareceres (...) e decidiremos como proceder".

A eleição foi marcada por atrasos na contagem dos votos e falhas na transmissão eletrónica dos resultados, irritando eleitores e partidos da oposição.

No passado, as eleições realizadas no país mais populoso da África foram prejudicadas por alegações de fraude e violência.

Na quarta-feira, Bola Tinubu convocou os apoiantes a unirem-se: "Peço que se juntem a nós para que possamos começar a reconstruir o nosso lar nacional juntos".

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