A iniciativa, apresentada pelo deputado 'petista' Márcio Macedo é uma resposta ao uso de símbolos como a bandeira do Brasil em atos promovidos por 'bolsonaristas' na frente de quartéis, em que o Exército é chamado a intervir nas instituições.
Macedo, que pertence ao mesmo partido do Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem defendido que o objetivo destas propostas é resguardar o uso da bandeira e evitar o seu desgaste e banalização, independentemente de partidos políticos e ideologias.
Caso o projeto seja aprovado, na próxima legislatura Lula da Silva estaria também proibido de usar a bandeira ou o hino durante atos de campanha.
Macedo explicou que o uso desnecessário de símbolos nacionais por fações políticas pode fazer com que esses emblemas que unem todos os brasileiros se tornem sinais de divisão.
"É o que temos visto ultimamente nas eleições, quando certos grupos têm usado símbolos nacionais para gerar divisão entre os brasileiros, espalhar ódio, discórdia e notícias falsas, até para advogar em favor do nazismo de cuja derrota o Brasil participou heroicamente em solo europeu", disse Macedo.
Desde que Lula da Silva venceu a segunda volta das eleições, em 30 de outubro, houve protestos e mobilizações exigindo intervenção militar no país.
Entre as imagens mais polémicas estão dezenas de pessoas alegadamente fazendo a saudação nazista enquanto gritavam em frente a um quartel em Santa Catarina, onde Bolsonaro obteve mais de 69% dos votos.
A iniciativa do deputado surge no momento em que a esquerda tem lançado uma espécie de campanha para tentar recuperar alguns símbolos nacionais distorcidos por Bolsonaro e seus apoiantes a tal ponto de que muitos brasileiros desistiram de vestir a 't-shirt' da equipa de futebol nacional.
Lula da Silva já criticou Bolsonaro pelo uso político desses símbolos, acusando-o de ter abandonado o povo brasileiro ao usar a bandeira para mentir e espalhar o ódio, e incentivou a esquerda a voltar a usar os símbolos nacionais.
CYR // PJA
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