"A Guiné Equatorial vai não apenas ter uma posição mais proeminente na arena energética global, mas também vai poder verbalizar uma perspetiva africana dentro da própria organização", escreveu o presidente da CEA, numa nota em que saúda a presidência de Gabriel Obiang Lima da OPEP, que sucede à República do Congo na liderança rotativa do cartel responsável por 40% da produção mundial.

"Ocupando a presidência da OPEP, a Guiné Equatorial vai poder influenciar ativamente os processos de decisão, quer a favor da região, quer a favor do continente, promovendo os desafios e as oportunidades que a indústria de energia enfrenta em África", acrescentou NJ Ayuk.

Na nota, o presidente desta organização destinada a promover os investimentos energéticos em África afirmou ainda que "com um clima global a pressionar o abandono do gás e petróleo pelos países africanos, a procura por petróleo e gás está a aumentar, especialmente nas economias emergentes que precisam de se industrializar, erradicar a pobreza energética e promover a confeção limpa".

A Guiné Equatorial vai ocupar a presidência da OPEP em 2023, recebendo a presidência rotativa que era ocupada por outro país africano, a República do Congo.

O mais recente país a entrar para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é o terceiro maior produtor de petróleo na África subsaariana, mas muito atrás de Angola e Nigéria, e tem estado mergulhado numa recessão económica desde meados da década passada.

A OPEP é uma organização que representa os interesses de 13 países exportadores de petróleo: Argélia, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

MBA // VM

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