O sindicato indicou, em comunicado divulgado na sexta-feira, que "os trabalhadores do grupo Águas de Portugal vão realizar uma greve nacional de 24 horas na próxima terça-feira (dia 13), para exigir, entre outras matérias, o aumento imediato dos salários em 120 euros para todos e 900 euros de salário mínimo no grupo".

Os trabalhadores exigem ainda "o retomar das negociações, a aplicação global do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a sua revisão, assim como a atribuição e regulamentação dos subsídios de insalubridade, penosidade e risco, e de transporte".

O STAL referiu que, desde 2009, os trabalhadores do grupo beneficiaram de um aumento de apenas 20 euros, em 2018.

"Recentemente, a administração do grupo AdP avançou com uma proposta, de todo inaceitável, de atualização salarial para este ano de 1,2% (que corresponde à soma dos 0,3% de 'aumentos' impostos pelo Governo PS na Administração Pública em 2021 e aos 0,9% em 2022), e que só não é risível porque é profundamente injusta e gravosa para os trabalhadores, que, sobretudo ao longo deste ano, têm enfrentado muitas dificuldades devido à subida brutal do custo de vida e à maior taxa de inflação dos últimos 30 anos", apontou o sindicato.

O STAL diz também que a administração tem vindo a adiar a discussão do caderno reivindicativo apresentado pelos representantes dos trabalhadores, "dando assim prova cabal de que continua a ignorar as reais dificuldades dos trabalhadores e as suas justas e legítimas aspirações".

Adicionalmente, o sindicato lembrou que o grupo apresentou lucros de 83,3 milhões de euros em 2021, um crescimento de 6% face a 2020, e mais de 400 milhões de euros nos últimos 10 anos.

"Não são suficientes para valorizar os trabalhadores?", questionou-se o sindicato, acusando a empresa de direcionar "milhões para os acionistas" e "'migalhas' para os trabalhadores".

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