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A vitória dos encarnados na Madeira analisada por Pedro Gomes.
Tínhamos escrito que o título passava pela Madeira. Mesmo que o Benfica não vencesse o Marítimo, a decisão do título derivava dos Barreiros para a Choupana, onde o FC Porto vai encontrar muitas dificuldades na próxima jornada. Contudo o Benfica antecipou-se e resolveu a questão.
Jesus, seguindo a sua linha de pensamento, apresentou a melhor equipa e a melhor estratégia para lhe garantir a vitória no Funchal e que simultaneamente lhe permitisse fazer a rotatividade para a eliminatória da Liga Europa. Apostou tudo nesta jornada, encarou o jogo de corpo e alma, embora espiritualmente pensasse no Fenerbahçe.
Estamos em final de época e a equipa tem ainda algum sumo, mas está espremida. Nesta reta final, o mais importante é mesmo ganhar. Tal como ontem, não se podem esperar grandes exibições, nem observar o esclarecido e brilhante futebol apresentado anteriormente pelo Benfica.
Neste encontro, o Benfica começou bem, marcou cedo, mas no resto da primeira parte encostou-se “à sombra da bananeira”, pois a partir do golo foi uma equipa amorfa, sem ligação, sem velocidade, sem coordenação e sujeitou-se ao domínio do Marítimo, o qual empatou com mérito. Aliás, outras equipas também não mantêm o mesmo fulgor de há uns tempos. Por exemplo, o Marítimo correu imenso na primeira parte e estoirou na segunda.
Talvez por isso o Benfica, na segunda parte, soltou-se mais, sentiu-se menos pressionado e passou de dominado a dominador, acabando por ganhar num lance feliz. Mas neste período, mesmo atabalhoadamente, criou algumas oportunidades para marcar. Depois, Jesus, com as substituições, poupou jogadores e segurou o resultado, que face à inépcia do Marítimo quase não era necessário. Mas teve cautela.
Apesar do Benfica ser a equipa melhor estruturada em termos de qualidade de jogadores, dado que reúne no mínimo dois talentosos elementos para cada lugar, contudo, a época é desgastante e para responder com mérito a cada jogo é preciso ter no treinador um gestor qualificado. Jesus, esta época, está a gerir muito melhor a equipa. Os erros cometidos no final de 2011/2012 foram superados.
Esta época vai acabar de forma diferente e positiva, porque o Benfica tem enormes possibilidades de ganhar as três competições onde está inserido. O campeonato está garantido. A menos que surja uma peste bubónica. A eliminatória da Liga Europa está a dois golos de distância e a Taça de Portugal concretizará o velho sonho de Jesus.
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