O meu 4x3x3 é melhor que o teu? Este poderia ser o início de diálogo entre os treinadores do Olhanense e do Porto. Antes do começo do jogo, o posicionamento dos jogadores, indiciam que os sistemas são iguais, mas depois de este se iniciar, a qualidade dos intérpretes, os acertos e os erros, a dinâmica, a estratégia, os planos táticos e as movimentações adequadas demonstram que os modelos são diferentes.
Claro que Sérgio Conceição face à diferença de valores individuais, apostou numa defensiva forte e nas rápidas jogadas de contra ataque. Aos 13 minutos os algarvios marcaram, ao ludibriarem com mérito a má colocação defensiva dos azuis e brancos. O Porto sofreu o golo, mas não vacilou, nem o Olhanense se empolgou.
Os campeões nacionais reagiram e entretanto criaram dois lances que poderiam terminar em golos. Como Atsu não estava inspirado, Vítor Pereira resolveu substituí-lo por James. Este miúdo é um criativo que imagina e cria excelentes e produtivas jogadas. Sim continuam a coloca-lo num dos corredores laterais! Mas ele desloca-se para o seu habitat, o corredor central. Ontem marcou um golo e ofereceu outro.
Naturalmente a equipa do Porto com jogadores “internacionais”, superou o Olhanense em todos os capítulos. Posse 61%, remates 17, ataques 44. Mas o ter mais “posse” nem sempre acaba em vitória, o exemplo do jogo do Porto em Barcelos comprova-o. Falamos em detalhes que influenciam o resultado final. A virtude e o erro por vezes complementam os golos.
Já realçamos o mérito da envolvência dos 4 jogadores do Olhanense e no demérito da marcação do Porto. O 1º golo do Porto foi concretizado com técnica e inteligência, mas se Ricardo socasse a bola para a zona lateral? O 2º golo dos campeões é uma obra-prima dos anais atacantes, a visão e a técnica dos dois colombianos, é de elogiar. No 3º dos azuis e brancos, Maurício aliviou para a frente o que nunca se deve fazer. Hulk aproveitou e disparou um míssil. O último golo é contra ataque puro. Targino disse adeus a Maicon e apresentou-se a Helton.
O Porto ao manter Moutinho e Hulk reforçou o favoritismo de voltar a vencer o campeonato nacional. Ontem coletivamente não esteve tão bem, esteve mais irregular do que no jogo com o Vitória de Guimarães, (o Olhanense foi mais incisivo e pressionante). Contudo ao manter este duo, o grupo fica mais forte, e Vítor Pereira tem jogadores com capacidade para formar uma grande equipa, capaz de discutir o título em todas as provas em que está inserido.
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