O Horsens, é uma equipa sem nível, que apresenta um futebol descontínuo, efémero, fragmentado e incompatível para uma competição Europeia. O Horsens ontem, ainda conseguiu jogar pior do que no primeiro jogo.

De facto estes dinamarqueses foram um bom ansiolítico, para recuperar a depressão leonina, após a desilusão perante o Rio-Ave. O resultado de 5-0 é uma goleada que tem repercussão nacional e internacional, mesmo que o opositor seja um adversário tão fraquinho. É moralizador, à que aproveitá-lo! 

Pergunta-se? Se o adversário era o mesmo, e se o Sporting na Dinamarca exerceu um domínio avassalador porque que é que empatou, e ontem em Alvalade goleou? Vários fatores contribuíram para que tal sucedesse. O Sporting desde o início do jogo imprimiu um ritmo muito veloz. As solicitações de passe foram em maior número, face à dinâmica de movimentações dos jogadores, as quais permitiram jogadas mais fluidas e realizadas ao primeiro toque.

Outro aspeto foi o aproveitamento parcial do 4x3x3. Este modelo quando bem interpretado, com movimentações inteligentes, preparadas e assimiladas pelos jogadores é um dos modelos mais bonito e eficaz. Nas ações atacantes com a integração dos médios e defesas laterais surgem no mínimo quatro jogadores na zona de finalização. Neste jogo a inclusão de Elias e Adrien em zonas mais adiantadas deu maior consistência ao futebol atacante.

Também a eficácia na finalização esteve acima do habitual, pois se na Dinamarca o Sporting rematou mais, e só marcou um golo, ontem rematou menos e marcou cinco. Nada acontece por acaso, isto sucedeu porque o desperdício dos cruzamentos foi menor, estes foram melhor direcionados, e mais eficazes. Porque o adiantamento de Elias proporcionou-lhe marcar e até falhar outro golo, logo aos três minutos. Porque Wolfswinkel movimentou-se adequadamente no seu habitat, (dentro, e na periferia da grande-área), e por isso marcou dois golos. 

Repito que o Sporting este ano possui um grupo muito homogéneo, e continua a ser um forte concorrente à conquista de títulos. Ao contrário da opinião quase generalizada, aos leões não lhe falta ponta de lança. Na minha opinião Wolfswinkel tem potencial, para marcar entre trinta a quarenta golos por época. Se os marca ou não? Isso dependerá da imaginação, das ideias, do trabalho psicológico, do conhecimento, do saber, e da competência do treinador para lhe extrair ou não, todo o seu potencial.