Os “papões” de títulos estão esfomeados. O Benfica tem em mente vencer as três provas nacionais. O Porto este ano, ao contrário das outras épocas, também está interessado em ganhar a Taça da Liga. E, naturalmente, repetir o título de campeão da Liga.
O jogo que pode dar um avanço a qualquer deles? Disputa-se no próximo dia 13. Mas já mexe, se mexe na mente dos responsáveis. Por isso, ontem o Porto poupou Maicon, James e até por precaução substituiu Jackson Martinez. O Benfica, que deixou no banco Maxi Pereira, e Artur ficou na bancada, aguarda as recuperações de Aimar, Carlos Martins e Luisão.
O jogo apresentado pelo Benfica em Moreira de Cónegos nada teve a ver com as excelentes exibições que vinha realizando. A equipa não encontrou saída do labirinto armado por Jorge Casquilha. Na primeira parte, na interpretação dos planos de jogo, o Moreirense foi melhor, mais eficaz do que o Benfica.
Marcou um golo e teve mais duas oportunidades para marcar. O Benfica estranhamente não construiu uma única ocasião de golo.
No segundo tempo o jogo manteve o mesmo estilo. O Benfica sem conseguir a fluída evolução atacante, jogou quase sempre no meio campo dos da casa, mas sem a clarividência habitual. As maiores ocasiões de golo surgiram nos lances dos penáltis e num lance de Lima. Jesus tentou tudo, colocou quatro pontas de lança em campo, trocou posições, mas os jogadores estavam a “leste do paraíso”.
O Moreirense tentou manter a vantagem e alterou o modelo para 4x1x4x1 de forma a defender ainda mais. Mas continuou perigoso nos lances de contra ataque. Ghilas isolou-se mais duas vezes e Wagner uma. A má colocação dos centrais da Luz facilitou estes lances.
O FC Porto no Estoril também foi feliz. Esteve por duas vezes a perder e igualou o marcador na fase final do encontro. O FC Porto sem James Rodrigues rende menos. Este é dos três estrategas do dragão o melhor executante, o mais completo. Quer nos passes para golo, quer na organização de jogo, quer a marcar excelentes golos. Tal como João Moutinho, que ontem marcou um golo espetacular. Contudo, a exibição dos Dragões deixou muito a desejar.
Marco Silva estruturou muito bem a equipa. O Estoril para além de marcar dois golos, embora em lances de bola parada, ainda obrigou Helton a duas defesas consecutivas que evitaram o golo. No golo de João Moutinho houve negligência dos médios que recuaram em vez de pressionar e deram tempo e espaço ao rematador.
A quinze dias do clássico não se esperava esta irregularidade, esta quebra de forma, e de qualidade de futebol dos dois líderes. As lesões dos dois colombianos são um quebra-cabeças para Vítor Pereira. São duas pedras “indispensáveis “no “xadrez” azul e branco. O Porto tem sido mais consistente do que o Benfica em termos coletivos, mas não tem suplentes de nível para substituírem os colombianos. Neste aspeto o Benfica está melhor servido.
Na próxima jornada, o Porto recebe o Nacional, que é um adversário acessível. O que proporciona a Vítor Pereira fazer a recuperação completa de James e de Jackson, de forma a apresentar-se na máxima força na Luz.
O Benfica vai ao Estoril e depois das dificuldades que o clube da linha criou aos campeões, Jesus está avisado. O Benfica tem de regressar às boas exibições. Mas para Marco Silva, que sabe da poda, é aliciante ganhar pontos aos grandes! Não há jogos iguais. Mas a expetativa está no ar!
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