O Sporting começou o jogo com uma inusitada rapidez. Embora a celeridade leonina fosse mais horizontal do que em profundidade. Os primeiros quinze minutos prometiam. O Marítimo organizado a defender, e face à ausência de pressão do meio campo leonino, preparava inteligentemente lances de contra ataque com foi exemplo disso Suk, que aos 10 minutos obrigou Patrício a puxar pelas divisas. Os leões também criaram uma dupla oportunidade na mesma jogada, Wolfswinkel cabeceia, Salin defende, e Capel a um metro erra o alvo. Mas aos 17 minutos quem não falhou foi mesmo o coreano Suk.

O Sporting teve uma ótima ocasião para empatar quando Bruma isola Wolfswinkel mas o holandês não conseguiu bater Salin. O Marítimo, a ganhar, foi suportando os ataques do Sporting e temos de o dizer: a sorte que o Sporting teve nas três vitórias da era Jesualdo parece ter abandonado a equipa nestes últimos jogos. Para além da já referenciada dupla oportunidade, também na segunda parte Wolfswinkel e Diego Rúbio acabaram por não marcar vá-se lá saber porquê. Contudo, o Marítimo respondeu em três momentos nos quais poderia dilatar o marcador e em dois deles valeu novamente ”São” Patrício.

Em crónicas anteriores tenho realçado que é preciso apostar nos jogadores da equipa B. Quando Zézinho se estreou e mostrou ser o médio mais clarividente, esperava que tivesse agarrado o lugar mas não se entende porque é que ainda não é titular. Depois falei do central Pedro Mendes, que é o melhor nessa posição, e já lá está mas só entrou porque o holandês se magoou. Disse ainda que Bruma era o mais esclarecido e consistente médio ala e hoje finalmente surgiu como titular, mas inexplicavelmente foi substituído ao intervalo quando estava a ser o melhor jogador leonino.

Pode dizer-se que a equipa não rende pela instabilidade diretiva? Que os jogadores não são de qualidade? Que o Sporting é um cemitério de treinadores? Que o Marítimo só defendeu? Na minha opinião, a instabilidade diretiva não afeta os jogadores. Os jogadores têm qualidade suficiente para formarem uma equipa muito mais rentável. Os treinadores sabem ao que vão e certamente não se querem suicidar. É proibido aos adversários defender? Não. É preciso é encontrar soluções para desmoronar essa barreira defensiva.

O que tem faltado aos jogadores não é atitude, nem querer, nem determinação. O que lhes falta é saberem o que devem fazer em campo. A equipa carece de determinados e específicos planos para formar um coletivo forte e dominante.
Não é necessário ser um “expert” em futebol para observar que o meio campo não pressiona e que a lentidão de Adrien e Rinaldo complica a evolução atacante.

Que Labyad joga a dez à hora e que não solicita passes nem ajuda o duo do meio campo, o qual fica em inferioridade numérica, é outro dos problemas. E o que dizer de Wolfswinkel? Pois bem, o holandês é mais vítima que réu. Este jovem anda completamente perdido em campo. Ninguém o aconselha, nem lhe diz quais os “terrenos” que deve pisar, para onde se deve movimentar, e para onde não deve ir... Capel é um jogador muito útil, impõe velocidade, ganha muitas faltas, faz imensos cruzamentos, mas raramente um deles chega ao destino.

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