Depois da pobre exibição que os campeões realizaram em Barcelos, onde apresentaram um futebol de míngua, sem chama nem categoria, uma atuação escassa, e triste - a qual criou um cenário de “depressão” entre os adeptos do Dragão. Apesar dos os empates dos seus três concorrentes ao título, terem servido de lenitivo, e arrebitado as hostes. Esquecido o jogo com o Gil-Vicente, 36.000 Portistas acorreram ao estádio, com a convicção que um jogo não são jogos e o Guimarães é que vai pagar as favas.
O povo é sábio, e o do futebol é o mais inteligente, o mais esclarecido, o mais sagaz, a maioria acreditava numa boa exibição, e tinha razão, as suas premonições realizam-se. O F.C. do Porto alcançou um resultado de Luxo, 4-0, corolário de uma melhoria coletiva e sobretudo pela qualidade individual dos seus jogadores que eclipsaram o Guimarães. 
Foi de facto um Luxo a performance dos jogadores, os quais ostentaram, e passearam pelo relvado. Até os dois laterais que não estavam cotados na bolsa de valores de Vítor Pereira, foram preponderantes nos avanços pelos corre(d)tores laterais com os quais os avançados recetores beneficiaram.
Individualmente entre os vários intérpretes de Luxo existe um que se destaca. É um Lucho, um prazer observar a classe, e a inteligência de como Lucho organiza, cria, constrói, joga, e faz jogar, e neste jogo, para enriquecer a sua excelente atuação deixou a sua marca na forma como oportunamente executou os dois golos.
Outro Luxo é ter um Hulk, que quando consegue ser incrível, como foi o caso, rebenta com as defesas e com as redes face aos seus dribles imparáveis, e à velocidade e violência dos seus mísseis. Outro Luxo, porque o embaraço está na escolha, é deixar James Rodrigues no banco. 
Vítor Pereira também se dá ao Luxo de dizer «que os jogadores é que determinam quem marca as grandes penalidades, pois eles é que decidem, são solidários». Uma afirmação, que surpreende e não faz sentido num clube onde tudo está estruturado, não aos 11 metros, mas sim ao milímetro. Como será num jogo a decidir por grandes penalidades? São os jogadores que escolhem o quinteto inicial… 
Também Jackson Martinez que passou despercebido no jogo, deu-se ao Luxo de se oferecer para marcar a grande penalidade. E fê-lo de forma categórica, marcou à Panenca. Este penalty, executado de forma irrepreensível, criou mais um momento de esplendor.
Contudo, face à pobreza das finanças dos clubes, existe a tendência de vender, mas se o campeão deseja ser um candidato a todas as competições onde está inserido, não se pode dar ao Luxo de vender dois dos seus melhores elementos. Hulk e João Moutinho. Não esquecer que a Liga Milionária proporciona para além dos milhões. O prestígio. 
Quanto a Guimarães, ela está orgulhosa por ser a capital europeia da cultura, e de facto a zona histórica é um verdadeiro Luxo arquitetónico. Mas o seu representante futebolístico no Dragão mostrou-se muito inculto taticamente, defendeu como pode face à avalanche portista, e atacou, quer dizer na primeira parte nem um remate fez à baliza de Helton. É preciso urgentemente rever a matéria.