O Halloween já foi há uns meses mas para os lados do Benfica, velhas 'bruxas' de outras épocas começam a aparecer para assombrar, a até então, excelente época encarnada.

O Benfica recebeu no dia de ontem, para a Liga dos Campeões, um Inter de Milão que já não vencia há um mês mas que venceu ontem por duas bolas a zero.

Até ao jogo com o FC Porto o Benfica vivia um ambiente festivo, alucinante, parecia estar a viver dentro de um Festival Paredes de Coura constante, onde tudo era bonito e a dor não existia. Após o jogo com o FC Porto a dura realidade da vida foi-lhes revelada. Um bocadinho como quando a minha tia soube que as guitarras nas fotos do Tony Carreira eram só para enfeitar ou que o Marco Paulo, se calhar, não joga no campeonato dela. A magia perdeu-se...

Por falar em magia, o futebol do Benfica parece uma imitação rasca do Luís de Matos, ou um misto entre o David Copperfield e o Zé Luís, mecânico no Seixal e que faz uns truques de magia para a enteada de 3 anos.

O período de reflexão da Páscoa não fez bem a Roger Schmidt que ontem ao olhar para as opções no banco lembrou-me a minha querida e amada esposa a olhar para o guarda vestidos (roupeiro para os do sul) e a dizer-me que não tem o que vestir.

Quem 'veste' bem em Portugal é o Inter de Milão, que até ao momento em três jogos contra equipas portuguesas, não perdeu nem sofreu golos em nenhum.

Na noite de ontem nem precisaram de forçar muito, e ainda saíram com a ideia de que a melhor 'noite' em Lisboa não é nem no Cais do Sodré nem no Bairro Alto, é mesmo ali, no Estádio da Luz. Uma vez mais, antes do jogo, o clube encarnado brindou os presentes com um festival de luz e som ao nível de qualquer Pacha desta vida. Está na altura de elevar a fasquia e começar a vender bebidas brancas nos bares e a recrutar porteiros violentos para as portas, com estes a fazerem a seleção de quem pode aceder ao recinto. Contudo, se começam a barrar o pessoal que vai de fato de treino e mal vestido, temo que as assistências na Luz caiam para metade, se é que me entendem.

Quem se mostrou grato ao anterior clube foi João Mário. Já perto do final da partida deu uma "mãozinha" ao Inter. Terá sido pelo facto de eles também a terem dado na transferência do médio para a Luz? Como se costuma dizer na minha terra, não há almoços grátis.

O Benfica de Roger Schmidt tem agora a difícil tarefa de ir a Milão virar a eliminatória, sabendo de antemão que a diferença entre Milão e Melão é bastante curta.

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