A 11.ª jornada do campeonato português reservou-nos dois grandes jogos de futebol. Um Vitória - FC Porto e o dérbi de Lisboa, o Benfica-Sporting. É como como se estivesse num restaurante e me pedissem para pedir entre 'Bacalhau com broa' ou 'Arroz de Pato', iria querer comer os dois.
Ontem tivemos o Vitória-Porto e não desiludiu, em nada.
Num jogo extremamente equilibrado e bem disputado os três pontos foram para a cidade do Porto, mas foi um "parto" bem difícil para os dragões.
O jogo em Guimarães, era neste momento o equivalente a uma pessoa entrar no gabinete de Vítor Escária e não encontrar uma nota perdida num livro ou garrafa de vinho.
O Vitória entrou muito bem e chegou cedo ao um a zero por André Silva, através da recarga a uma grande penalidade falhada por si mesmo e cometida por João Mário. O defesa portista deu logo ali a entender que as mãos seriam algo muito importante no jogo, mas não seriam eram as dele.
Como um pintor utiliza as suas mãos para criar arte, Diogo Costa utiliza as suas para "pintar" belos quadros em tons de azul nos relvados nacionais.
O guarda redes portista é o criador de uma nova corrente renascentista em Portugal, pois foi pelas mãos dele que o FC Porto renasceu para a luta pelo título em Portugal.
O guarda redes portista esteve tão seguro, que em Israel, o governo local está a ponderar mudar o seu sistema defensivo de 'Iron Dome' para 'Diogo Costa'.
Se nas mãos de Diogo Costa estava a segurança, nos pés de Francisco Conceição estava a chave para a vitória.
Na primeira parte faz um cruzamento teleguiado para a cabeça de Zaidu que empata o jogo. O defesa nigeriano pode ter dois pés esquerdos mas a cabeça parece estar 'direita'.
Na segunda parte, um dos poucos conluios familiares nacionais que não prejudica a entidade patronal voltou a fazer das suas. Francisco Conceição, numa jogada individual faz o dois a um para o FC Porto e dá a volta ao resultado.
O Vitória, tentou, em vão chegar ao empate mas bateu na muralha portista.
Tivesse no ano de 1128, em Guimarães, Dona Teresa uma defesa tão compacta e a esta hora estariam a ler em castelhano estas asneiras que eu escrevo e o nosso dérbi capital seria um Real Madrid-Atlético.
Os portistas hoje, por incrível que pareça estarão a torcer pelo Benfica, na esperança que os três pontos de ontem sejam três pontos que marquem o seu renascimento futebolístico na Liga de Portugal.
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