Foi um jogo frenético, com um arranque fulminante e intenso. Muitos dos adeptos, ainda se deslocavam de forma calma e tranquila para os seus lugares. Alguns deles, ainda a arrotar ao cabrito ou vitela assada, que tinham enfardado durante o almoço e já Trincão abria as hostilidades. Estavam decorridos 18 segundos de jogo e o Sporting conseguia aquilo, que dias antes não havia conseguido durante 95 minutos, marcar um golo. Este Leão tem destas coisas, tanto tenta, tenta, tenta e não sai nada, como de repente sofre de "ejamarcação" de golo precoce. O Casa Pia que tem como símbolo um Ganso, também gosta pouco de o "afogar" e respondeu logo de seguida, empatando o jogo.
O que se seguiu foi do melhor que a nossa liga já teve. A meio do jogo dei por mim a imaginar estar a assistir a um daqueles "Campeonatos de Chapadas". O Sporting dava uma, o Casa Pia respondia de seguida outra, sempre assim, a esbofetearem-se como se não houvesse amanhã, até que à quarta chapada o Casa Pia tombou de vez.
Este jogo também teve direito a um Messias e a um Judas não estivéssemos nós em pleno dia de Páscoa: Trincão e Felippe Cardoso.
No lado do Casa Pia, Felippe Cardoso vestiu a pele de Judas. Entrou, esteve 8 minutos em campo mas foi o suficiente para ver dois amarelos, um vermelho e ainda marcar um golo. Já vi jogadores fazer muito menos e em muito mais tempo. Foi um Judas, porque 'traiu' a sua equipa, quando ela precisava mais dele.
Já Trincão, 'ressuscitou' o seu futebol no Jamor, marcou três belos golos e vestiu a pele de 'Salvador' dos três pontos e da permeável defesa do Sporting.
O jovem jogador leonino, depois deste jogo até vai ficar conhecido como o Hat-Trincão!
Quem não gostou muito dos erros defensivos foi o treinador Rúben Amorim. No final do jogo deixou um raspanete aos seus jogadores, quinta há jogo e não há equipa que aguente tanta 'chapada'.
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