O futebol foi até há bem pouco tempo considerado “o ópio do povo”, uma espécie de controlo social. Contudo a forte contestação realizada pelo povo brasileiro, cuja nação é considerada como o país do futebol, deve ser ponderada pelos responsáveis, a FIFA e a UEFA. pois estas sujeitam-se a acabar com a galinha dos ovos de ouro.
Por isso devem e têm de repensar a distribuição e a comparticipação económica de forma a não penalizar financeiramente os países organizadores dos eventos, os quais deveriam aplicar os milhões gastos em estádios, noutras prioridades sociais.
Num próximo trabalho falarei do negócio do futebol e daqueles que gravitam à sua volta e usufruem lucros descomunais e ofensivos para qualquer sociedade. Agora regresso à Taça das Confederações, cujos estádios continuam esgotados dado que o futebol é e vai continuar a ser o melhor espetáculo do mundo. Porém muita coisa terá de mudar em termos estruturais.
O Brasil fez o pleno no seu grupo e vai defrontar o Uruguai no próximo encontro. Venceu os três jogos desta fase de grupos da Taça das Confederações. Ontem venceu a Itália por 4-2, numa partida agradável, com dúvidas quanto ao vencedor dado o desenrolar e o domínio alternado entre as equipas. Um Brasil mais eficaz e uma Itália desinibida. Resultado um bom espetáculo abrilhantado por seis golos.
Na primeira parte os canarinhos logo nos minutos iniciais poderiam ter marcado por Hulk e Oscar. Mas a Itália aos poucos foi equilibrando o jogo e de certa forma travou o ímpeto dos avanços brasileiros. Contudo era uma equipa sem ligação e por isso a evolução atacante perdia-se e nunca chegava à baliza de Júlio César. Só uma vez os italianos remataram.
No primeiro tempo-extra, o Brasil inaugurou o marcador por um Dante muto aplaudido pelos seus concidadãos. Todavia, foi um golo procedido por um fora de jogo. Os primeiros 45 minutos também ficaram marcados por três lesões, duas do lado dos transalpinos: Montolivo e Abate foram substituídos por Giaccherini e Maggio. No lado dos brasileiros, David Luís saiu inferiorizado.
Na segunda parte assistiu-se a excelente jogo de futebol. A Itália neste período praticou um jogo de ataque, solto, prático, simples, veloz e incisivo, com os setores muito próximos dos outros, a trocarem a bola de primeiro e segundo toque. Um futebol nada condizente com o seu tradicional jogo lento e defensivo e aos 51 minutos Giaccherini empatou.
O Brasil parecia jogar à italiana, defendia e dessa forma foram sustendo o domínio do opositor e aproveitou o adiantamento dos italianos. Neymar num livre de perfeita execução, colocou o resultado em 2-1. E Marcelo, o melhor em campo, (esteve em três dos quatro golos da sua seleção), serviu Fred e este facilmente fez o terceiro golo.
O jogo continuava frenético, minutos depois Chiellini fez o segundo golo para a Itália e Mágio poderia ter empatado ao cabecear à trave. Mas Marcelo numa jogada excecional acabou com as dúvidas e o suspense, ao obrigar Buffon a defender para a frente e Fred bisou.
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