O Barcelona está nas meias – finais da Liga dos Campeões pela sexta vez consecutiva. Porém desta vez a presença esteve muito complicada. E a razão nem foi a estratégia apresentada pelo PSG, a qual assentava num futebol de contra ataque. Porque esse mérito dos franceses resultou do demérito da fraqueza defensiva dos catalães. A defesa é o grande problema do Barça. A qual mesmo jogando com os habituais titulares deixa muito a desejar. Ontem com dois centrais adaptados a defesa foi um autêntico passador. Inesperadamente, Vítor Valdés acabou por ser o guardião da eliminatória.

Contudo, a máscara de equipa vulgar que o Barça apresentou evidenciava outros pressupostos. Ao ritmo do tique taque faltou dinâmica e profundidade. Pela lentidão dos passes estes tornaram-se previsíveis e intercetáveis, o golo de Pastore começou num mau passe de Pedro. O pressing habitual, o qual anula à partida os lances adversários também não funcionou. Eram erros a mais. A criatividade ficou reduzida a Iniesta e Xavi, o qual realizou 96 dois passes sem errar nenhum. Onde é que eu Xavi isto.

Claro o Barcelona teve a habitual posse de bola: 61%- 39%. Mas foi um domínio infrutífero, uma coisa é jogar para o lado e para trás outra é criar lances de rotura que gerem ocasiões para marcar.

Os grandes jogadores fazem a diferença. Já dissemos que o Real sem Cristiano é muito menos Real e que o Barcelona sem Messi é o que se viu ontem. O futebol do Barcelona depende de Messi. Com a eliminatória perdida, Vilanova teve de recorrer ao lesionado argentino. O Messi(as) mesmo debilitado preocupou os franceses. Messi ressuscitou a equipa, motivou os discípulos e indicou-lhes o rumo para as meias-finais. Exemplificou, pegou na bola acelerou, ultrapassou dois adversários, rodopiou, tocou para Villa este serviu Pedro para o golo do empate. O que parecia impossível tornou-se fácil, simples e eficaz.

O Bayern em Turim voltou a bater a Juventus pelo mesmo resultado de Munique. Com dois golos de vantagem os alemães na primeira parte controlaram os italianos. O equilíbrio foi notório na primeira parte, pois só aconteceram duas boas oportunidades para marcar. Uma para cada equipa. Na segunda os transalpinos procuraram o golo com mais ansiedade e Quagliarella rematou ao poste. Mas logo de seguida Robben fez o mesmo.
Dado o bom futebol praticado por ambas as equipas, o jogo foi agradável de seguir. Um encontro de parada e resposta. Contudo o desequilíbrio surgiu aos 64 minutos quando Manduzkic sentenciou definitivamente a eliminatória.
Duas equipais espanholas e duas equipas germânicas. O sorteio das meias-finais é amanhã. O Real não deve desejar que lhe saiam os alemães, dado que não conseguiu bater o Borussia Dortmund na fase de grupos. E mais difícil será eliminar o Bayern, que como se sabe é o campeão da Bundesliga. A preferência talvez seja o Barcelona, o qual ultimamente tem sido um bom cliente.

Segundo a Marca, os simpatizantes do Barcelona preferem o Borussia Dortmund ou mesmo o Bayern. O Real é a equipa mais temida. Jupp Heynckes não tem preferência e acredita que qualquer dos semifinalistas tem capacidade para vencer a competição. Contudo disse: «Se nos sair o Barcelona, estou à vontade, conheço-o como as palmas da minha mão, sei qual é a sua filosofia, o seu sistema, a sua tática e os seus jogadores» É importante não levar luvas nos dias de jogos. Já o presidente dos bávaros prefere o Borussia.