O apuramento para o Mundial Brasil 2014 mantém-se viável? Podemos lá chegar diretamente ou via Play- Off? Este grupo como todos os outros tem duas seleções favoritas. Neste caso Portugal e Rússia. Estão ainda 18 pontos em disputa e pelo que vi no jogo Rússia-Azerbaijão, a Rússia a praticar aquele tipo de futebol vai perder pontos, não só com Portugal como também com os outros adversários. Como admirador e promotor do futebol arte, não gosto do futebol pobre e pragmático de Capello.
O selecionador tem mais tempo para observar individualmente os possíveis selecionáveis do que para treinar e passar a mensagem tática aos jogadores. O tempo é escasso, tem só seis dias para explicar e treinar o que deseja da equipa. O selecionador terá de transmitir e ensaiar as táticas num curto período, enquanto os treinadores de clubes têm todo o tempo do mundo. Terá de ser célere a fazer o levantamento dos erros cometidos para os corrigir, e realçar as virtudes individuais e coletivas para as manter.
Mas para evitar ainda mais o “Muro das Lamentações”, o jogo praticado pela nossa Seleção tem de melhorar substancialmente. As últimas performances não correspondem a uma seleção cotada no 3º lugar no Ranking Mundial. Lamenta-se a ausência de Raul Meireles e de Coentrão? Então nós não temos no nosso universo futebolista médios ao seu nível e até superiores? Eliseu é um substituto à altura do Fábio! Quando faltar o Cristiano cai o “Carmo e a Trindade”. Aliás o que faz falta é um Cristiano à Real Madrid!
É necessário e importante refletir para corrigir situações que em nada beneficiam a produtividade da Seleção. Contudo, os erros que a seleção cometeu nos dois golos sofridos neste par de jogos foram idênticos, tirados a papel químico. Com a Irlanda notou-se a ausência de cantos ao poste mais próximo. Na Rússia foi de um deles que resultou a nossa maior oportunidade de golo. A de Bruno Alves. Outra questão pertinente é a de errarmos por não termos soluções para penetrar nas equipas que só defendem.
Depois lá vem a incompreensível frase “Entramos mal”. Em futebol joga-se umas vezes bem outras mal. Mal quando falta velocidade nas movimentações, quando existe inoperância e ineficácia na pré e na finalização deste imperfeito 4x3x3. Quando se nota: falta sincronismo entre os setores, falta de integração dos médios no ataque, falta de aproveitamento dos cruzamentos, falta de recuperação e compensação defensiva.
Eu diria, “acabaremos bem” esta corrida para o Brasil. Se iniciarmos os jogos como acabamos estes dois últimos, e quase todos. Ou seja em 4x4x2. Foi com este modelo que terminamos a maioria dos jogos no Europeu 2012. E resultou. Tal como frente à Rússia e à Irlanda pois acabamos melhor do que iniciamos. Pergunto, se este incompleto 4x3x3 na maioria das vezes não resulta? Porque não utilizamos desde o início o modelo mais compatível com as características dos jogadores. O 4x4x2, que se transforma num acutilante 4x2x4?
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