O Real Madrid Real surpreendeu o seu rival ao impor um ritmo endiabrado durante a primeira meia - hora. Nesse período tomou conta do jogo, realizou uma circulação de bola diabólica, confundiu o Barcelona, empurrou os catalães para o seu meio campo, anulou o jogo de croché dos culés, com um pressing constante sobre o possuidor da bola. O esférico rolava com certeza e velocidade em passes sucessivos de pé para pé dos madrilenos.

O corolário desta supremacia criou várias oportunidades, Benzema numa cabeçada fez brilhar Valdês ao executar uma excelente defesa. O avançado francês voltou a estar em evidência, depois de uma boa iniciativa individual, ofereceu com um passe soberbo o golo a Ozil, o qual inaugurou o marcador.

Aliás Benzema foi o melhor avançado do Real, jogou e fez as assistências para os golos.

Ao Barcelona atordoado e adormecido nos trinta minutos iniciais, onde só rematou uma vez, despertou com um passe de sonho de Messi para David Villa que com um remate perfeito e intencional empatou o jogo, dez minutos depois Messi aproveitou um erro de Khedira, furou entre os centrais e introduziu a bola na Casillas do Real.

O Real Madrid apresentou-se melhor física e mentalmente, mais rápido, mais esclarecido, sufocou, pressionou o Barcelona. Durante uma hora obrigou os blues grana a jogarem contra natura, não lhe permitindo apresentar o seu jogo habitual de circulação rápida e contínua. Só após a entrada de Xavi o Barcelona esboçou a sua filosofia de jogo.

Mourinho jogou num 4x3x3 que rapidamente se transformava num 4x2x4, (ainda lhe chamam defensivo), com Ozil a fazer de ponta de lança, aliás até marcou. Guardiola não se apercebeu e manteve o quarteto defensivo, quando deveria fazer recuar Keita para ter a fundamental superioridade a defender, não o fez, a defesa ficou vulnerável e os madrilenos endiabrados, aproveitaram as facilidades criaram imensas oportunidades, e poderiam marcar mais dos dois golos.

Depois deste excecional jogo, onde um Real personalizado, travou a organização coletiva do seu rival, (nem sempre de forma correta, nalguns lances imperou a violência), contudo foi impotente perante a classe individual, de Messi e David Villa.

Como será quarta-feira? Repetirá o Real esta exibição de luxo? O Barcelona no Camp Nou recuperará o seu jogo de flippers, onde a bola gira, gira, e voltará a ser a melhor equipa mundial? Quem ganha o primeiro troféu? Entre tanta interrogação, uma coisa é certa, não percam o próximo jogo.