O FC Porto não está habituado a perdeu duas vezes consecutivas. Mas perdeu em Braga. E pela primeira vez na Liga dos Campeões de 2012/2013.
Contudo, no jogo de ontem, pelas oportunidades construídas e pela repartição do jogo praticado, o empate espelhava melhor o resultado final.
Sabemos que o futebol é um jogo subjetivo. Umas vezes a vitória é alcançada com todo o mérito. Outras vezes são conseguidas com a comparticipação dos erros dos adversários. A sorte e o azar determinam o inevitável, quer para as equipas quer para os jogadores. Mas neste caso o que sucedeu foram negligência e defeitos.
O FC Porto sofreu dois golos em dois deslizes que não deveriam acontecer. No primeiro nem vou falar do mau posicionamento do Mangala e do Danilo. Mas sim da falta de ideias de todos os treinadores do mundo, (menos um), que ainda não encontraram um antídoto para este tipo de cruzamentos. Quando digo que o futebol é imitativo? Quando todas as equipas usam a mesma forma na marcação destes livres e na anulação dos mesmos. Depois sem contraditório. É o que dá!
No melhor pano cai a nódoa. No segundo golo sofrido, Helton - que é um excelente guarda-redes - não seguiu a norma de que quando se realiza uma defesa de bola rasteira com os braços se deve colocar o corpo por detrás como proteção, pois se a bola se escapar, como foi o caso, baterá no tronco.
O golo marcado pelo FC Porto também foi um golo de “Amigos do Alex”, o qual colaborou com Jakson, ao não intercetar a bola que estava ao seu alcance.
O FC Porto na fase final do jogo dispôs de dois em um, ou seja, duas oportunidades na mesma jogada. Sirigù saiu arrojadamente aos pés de Jackson, que tentou passar a bola por cima e esta embateu no corpo do guardião. Na recarga, Lucho incrivelmente rematou por cima da trave.
O FC Porto fez uma excelente primeira parte. Respondeu ao jogo inicial e veloz do PSG e apresentou um coletivo muito dinâmico, graças ao avanço dos laterais, à técnica do trio Moutinho, James e Lucho e à integração de Otamendi na evolução atacante. Pena que Jackson e Varela não dessem continuidade a este caudal ofensivo. Na segunda metade a equipa caiu fisicamente, baixou o ritmo. O trio maravilha foi perdendo gás e o jogo não foi tão fluido.
Vítor Pereira melhor do que ninguém sabe a condição física da equipa. E se calhar a gestão de jogadores, realizada em Braga, pelo que se viu na segunda parte frente aos franceses, era mesmo necessária. Contudo, o FC Porto ao fazer descansar sete jogadores, infelizmente, em nada beneficiou.
Nem desportivamente, nem financeiramente. Perdeu a corrida para uma prova importante, a Taça de Portugal, e ao ficar em segundo lugar no grupo, o risco de passar aos quartos de final é maior face ao poderio dos primeiros, tais como: Barcelona, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Schalke 04, Málaga, Manchester United e mais um a sair deste duo (Shakhtar Donetsk ou Juventus). Financeiramente, quinhentos mil euros ou até um milhão escaparam na azarenta noite de Paris.
Comentários