O caso de Robinho continua a dar que falar. Clayton Florêncio dos Santos, um dos cinco amigos que estava com o antigo jogador brasileiro, em janeiro de 2013, quando alegadamente Robinho violou uma mulher em Milão, atesta que o que se passou foi consentido e que "toda a gente" estava consciente do que estava a acontecer.

"Um violador tem de morrer na prisão. Mas o Robinho não violou ninguém. Os amigos do Robinho não violaram ninguém. Nós participámos numa orgia. Com a consciência de toda a gente. Houve gente que conseguiu participar e houve gente que não conseguiu. Eu frequentei durante muito tempo aquela casa de swing, ia com os meus amigos. Quem gosta daquele tipo de coisas, procura o lugar certo para isso. Não anda por aí a atacar ninguém, nós não precisamos disso", explicou Claytinho, como é conhecido, numa entrevista ao jornal brasileiro UOL Esporte.

O amigo diz que a vítima bebeu bastante naquela noite, mas reafirma que não estava embriagada. Ainda assim, admite que a mulher em questão teve de chegar ao final da noite para sentir os efeitos de toda a bebida que consumiu. "Ela estava sempre a beber. O copo estava sempre cheio. Do nada, ela começou a passar mal, por causa da bebida, começou a chorar e a dizer que tinha de falar com as amigas. E começou a vomitar", revelou.

Curiosamente, esta versão não é compatível com a apresentada por Robinho, que admitiu ter feito sexo com a vítima, quando esta ainda estava embriagada. Quando confrontado com esta versão alternativa dos factos, Claytinho já tinha uma justificação na algibeira. "As pessoas próximas que conhecem o Robinho... Ele tem uma memória um pouco curta. É tanta informação na cabeça dele. Tanta informação naquela época, de marketing, de trabalho... Era tanta informação que ele não prestou muita atenção. Ele falou 'bobagem'. Não sabia bem o que estava a dizer", explicou.

Recorde-se que a Justiça italiana condenou Robinho a nove anos de prisão por violação, considerando que a mulher estava inconsciente durante o ato sexual. O brasileiro foi detido no Brasil no final de março e está a cumprir a pena de prisão. Mas não foi só o antigo futebolista que foi condenado: Ricardo Falco sofreu exatamente o mesmo destino, enquanto Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan, os outros quatro homens presentes naquela noite, não foram sequer julgados.