Não é a primeira vez e muito provavelmente não será a última. A admiração de João Mário por Roger Schmidt sempre foi assumida pelo próprio, que esta terça-feira voltou a elogiar o técnico alemão entrevistado por Carlos Manuel, antiga glória das águias.

"O maior elogio que pode ser feito ao mister é que é unânime. Podes falar com qualquer pessoa dentro do Seixal, que ela vai dizer-te a mesma coisa, a nível humano é uma pessoa espetacular. As ideias de jogo dele são muito claras, pessoalmente gosto muito da ideia de jogo dele e acho que o Benfica vive muito disto, de golos, de jogar bem e de vitórias", afirmou.

"Existe um grande respeito para com o Roger Schmidt, a forma como ele nos trata no dia a dia, como nos transmite essa boa energia e essa confiança. Ele é muito tranquilo e não é um treinador que vais ver sempre de braços abertos a reclamar. É uma pessoa muito calma e transmite isso à equipa", disse o médio dos encarnados, que prolongou os elogios ao presidente Rui Costa, um símbolo do clube para os adeptos, mas também para os jogadores.

"Se há alguém que nos identifica e nos transmite essa mística é o presidente, é o símbolo maior presente no nosso dia a dia no Benfica. Não só por ser presidente, mas por ser quem é. Como também foi jogador, todo o feedback que nos dá é sempre no sentido de nos sensibilizar e fazer perceber o que é essa mística", reconheceu o antigo internacional, que é atualmente um dos mais experientes do plantel.

"Vendo a forma como o plantel está construído, com muita malta jovem, tento sempre ser uma referência, madura neste caso. Independentemente da posição ou da dinâmica, o que tento fazer é puxar as minhas qualidades individuais para aquilo que é a ideia do treinador", referiu.

Sobre a exigência dos adeptos benfiquistas, João Mário deu como exemplo o jogo em que marcou três golos ao Inter de Milão, ao fim de 45 minutos, na Liga dos Campeões.

"Se está 3-0 ou 2-0 e fazemos um passe para trás, continuam a assobiar, porque é a responsabilidade, passam essa exigência para a equipa. Posso dar um exemplo claro: lembro-me que o primeiro feedback que tive de alguém das bancadas quando fiz o hat trick com o Inter não foi 'parabéns', foi 'vamos ao quarto'. Tinha feito um hat trick na primeira parte e ninguém me disse 'parabéns', mas sim para ir para o quarto golo. Esta é a exigência do Benfica", disse João Mário, recordando-se da noite de 29 de novembro de 2023, em que o Benfica chegou ao intervalo a vencer os italianos por 3-0. O jogo terminaria com um empate a três.