Júlio Mendes, antigo presidente do Vitória de Guimarães, anunciou hoje que vai apresentar recurso à sua condenação no âmbito da Operação ÉTER.
“Tendo sido hoje conhecida a sentença proferida no âmbito da denominada Operação ETER, e tendo da mesma resultado a minha condenação, venho reafirmar a minha inocência bem como a inexistência de quaisquer factos que fundamentem ou justifiquem a decisão hoje conhecida e com a qual não me posso conformar”, reagiu, numa nota de apenas dois parágrafos.
O ex-dirigente vitoriano foi um dos 20 arguidos singulares – entre eles também António Salvador, presidente do Sporting de Braga – condenados por falsificação de documentos e que foram punidos com até cinco anos de prisão, todas suspensas na sua execução por igual período.
Inconformado com a decisão, Júlio Mendes refere que vai “apresentar recurso” e ficará a “aguardar, tranquilamente, pela realização da justiça”.
A Operação ETER tem como principal arguido o antigo presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) Melchior Moreira, condenado a sete anos de prisão por 29 crimes, relacionada com contratos ilícitos celebrados por aquela entidade.
No Tribunal de São João Novo, no Porto, o Ministério Público defendeu nas alegações a condenação do ex-presidente do Vitória de Guimarães e do atual líder do Sporting de Braga, ambos por falsificação de documento.
O crime foi cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a TPNP, contudo o MP defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve “um toma lá, dá cá”, entre o então presidente do Vitória e Melchior Moreira.
O coletivo de juízes condenou António Salvador e Júlio Mendes à pena suspensa de um ano e três meses por um crime de falsificação de documentos, aplicando ainda uma multa aos clubes de 18.000 euros, cada.
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