Pinto da Costa continua em campanha e esta quinta-feira esteve em Vila Verde para mais uma sessão de esclarecimento no âmbito das eleições de 27 de abril.
O atual presidente, perante cerca de 200 portistas, voltou a explicar os motivos da sua recandidatura, apontando novamente a mira a André Villas-Boas e Joaquim Oliveira, cuja presença na lista do antigo técnico portista terá motivado a candidatura do líder dos azuis e brancos.
"Admiti que podia não me recandidatar. Mas quando vi, na apresentação de outro candidato, as pessoas que estavam na primeira fila, pensei assim: 'Isto é uma OPA ao FC Porto'. Quando vi na primeira fila a pessoa que mais odeia o FC Porto, o senhor Joaquim Oliveira, com camarote em Alvalade, pensei e vi logo o que estava por trás dessa candidatura. Não sei se viram um documentário que fizeram sobre a minha vida. Foram ouvidas muitas pessoas, vi tantos elogios que cheguei a pensar que já tinha morrido.
Curiosamente, dos maiores elogios foi o candidato Villas-Boas. Fê-lo espontaneamente. Depois, na apresentação, disse que eu era o presidente dos presidentes, que merecia todas as mordomias, que ficava na história... A partir do momento em que me candidatei, já não servia para nada, tudo o que fiz foi mal feito. Não fizemos nada, 68 títulos não é nada, deviam ser 200. Tudo é criticado. As pessoas que estiveram sempre comigo são ofendidas, entram nas vidas pessoais com mentiras e a denegrir as pessoas. Vi e pensei que realmente tenho uma obrigação perante o FC Porto".
Pinto da Costa lamentou depois os insultos de que tem sido alvo, no seu entender, por parte da lista de André Villas-Boas.
"Na outra campanha dizem mal de tudo e todos. Como é o FC Porto acima de tudo, não responderei a insultos, porque tenho sido insultado. Não vou responder. Para mim, o que interessa é o FC Porto. Se vencer o FC Porto, no dia a seguir, a minha preocupação será de imediato voltar a unir a massa associativa e os adeptos. Não vamos ofender ninguém, isso era dar importância a quem não merece. Eu e os meus parceiros têm sido difamados miseravelmente. Esse candidato não me serve a mim e não servirá a vocês, claramente. A minha preocupação será unir a massa associativa. Esses insultos e difamações não vêm da cabeça deles. Vêm dos ideólogos da Cofina e da Olivedesportos. Mas os que votarem em mim e os que não votem, serão todos a alma do FC Porto. Dedico a minha vida a quem tem paixão pelo FC Porto, não é para quem tem a ganância dos direitos televisivos e essas coisas.”
Perante os sócios, o histórico dirigente revelou ainda uma curta conversa mantida esta quinta-feira com Sérgio Conceição.
"Garantias de que fica não posso dar. Confiante e convencido de que será ele, estou. Posso cometer uma inconfidência: hoje estive com o Sérgio no Museu para fazermos uma fotografia com as 10 taças que o FC Porto conquistou com ele. E ele disse-me: ainda falta aqui mais uma. Eu disse-lhe: não, faltam muitas".
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