William Carvalho nega “veementemente qualquer agressão sexual”, pela qual está a ser investigado e prestou declarações, esta terça-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Sevilha, informam os advogados do jogador, em comunicado enviado à Lusa.

“O Sr. Carvalho respondeu a todas as questões que lhe foram colocadas pela Sra. magistrada, admitindo a realidade do encontro com a queixosa, mas negando veementemente qualquer agressão sexual, uma vez que as relações foram completamente consensuais”, refere o comunicado.

Os advogados assinalaram que “não foram tomadas quaisquer medidas cautelares pessoais” contra o médio do Bétis, sétimo classificado da Liga espanhola, uma vez que não foram aplicadas medidas de coação, apesar de o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia ter informado que “a condição [do jogador] continua a ser a de investigado”.

“Na sequência do depoimento judicial prestado pelo Sr. Carvalho, que não contou com a presença de representantes do Ministério Público, não foram tomadas quaisquer medidas cautelares pessoais, uma vez que a habitual audiência prevista na lei não foi sequer realizada ou requerida pela acusação particular”, observaram os advogados do internacional português.

A defesa de William Carvalho, de 31 anos, acredita que “existem provas mais do que suficientes no processo para refutar fortemente a plausibilidade dos factos alegados”, na sequência de uma queixa por agressão sexual, apresentada por uma mulher com a qual o jogador natural de Angola manteve um encontro íntimo, em agosto de 2023.

“O Sr. Carvalho, que lamenta profundamente a queixa apresentada pela sua absoluta falta de veracidade, mostrou a sua total disponibilidade para esclarecer os factos e está muito confiante de que o processo judicial será arquivado em breve, o que atenuará os danos pessoais, profissionais e reputacionais que indubitavelmente lhe causa”, indica o comunicado.

De acordo com a agência noticiosa espanhola EFE, William Carvalho respondeu às perguntas da juíza durante uma hora e meia, depois de ter entrado por uma porta lateral no edifício do tribunal, evitando os numerosos jornalistas que aguardavam junto à entrada principal.