Andrea Agnelli, presidente da ‘vecchia signora’, defende que tem de ser encontrado um novo formato para a Liga dos Campeões, sob pena de a prova começar a perder audiência para outras competições, nomeadamente de eSports.
Agnelli utilizou o seu discurso no ‘Leaders Sport Business Summit’ em Inglaterra para dizer às ligas europeias, com as quais tem conversado para chegar a acordo, que têm de deixar de dizer “não, não, não” a uma revisão do modelo da prova.
O italiano acrescenta ainda que esta mudança tem de acontecer para que a prova se mantenha atrativa para o público jovem.
Caso contrario, afirma Agnelli, pode perder face à concorrência de jogos como Fortnite ou League of Legends.
Já do lado das ligas europeias surge o veto de Lars-Christer Olsson, presidente da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional, que afirma que o formato sugerido (seis grupos de seis, com o número de jogos por equipa a aumentar de seis para dez), não é viável pois coloca os jogadores em perigo.
"Se eles [jogadores] jogam 70 ou 80 jogos por ano, há uma maior possibilidade de contraírem lesões”, afirmou.
A única forma do formato ser viável seria, de acordo com Olsson, expandir os planteis das equipas, o que esbatia a competitividade da prova e beneficiaria os clubes mais ricos.
Olsson, que está presente na mesma conferência, afirma que as ligas se opõem à ideia de promoção e relegação nas competições europeias, acrescentando ainda que considera que as grandes ligas não deveriam ter tantas vagas diretas na prova.
“Não acho que as grandes ligas – Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha – devam ter quatro equipas a irem diretas para a fase de grupos porque limita as oportunidades para equipas de outros países. Deveriam de ser três [vagas diretas] e uma para as eliminatórias. Se a quarta equipa for boa o suficiente, chega lá [fase de grupos] mas devia de ser dada a oportunidade a outros”, afirmou.
Continua assim a indefinição para a reforma do novo formato da Champions, com Agnelli a colocar o limite para uma decisão no outono de 2022, para que o formato possa entrar nas negociações dos direitos televisivos de 2024.
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