Depois de ter apresentado fracos resultados no Afrobasket, Angola tem sérias questões para resolver antes de participar no apuramento para o Campeonato de basquetebol que se disputa em novembro.

Depois da fracassada campanha na 29ª edição do Afrobasket2017, co-organizado pelo Senegal e Tunísia, em que foi afastada logo nos quartas-de-final, a questão do momento é que seleção é que Angola pode apresentar em novembro as eliminatórias de acesso ao Mundial, de 2019.

Analisando os motivos da campanha negativa em Dakar e Tunis, é fácil perceber que, antes de olhar para o plantel, deve-se olhar para a preparação, métodos de trabalho e filosofia de jogo. A federação tem uma direção técnica que tem contacto direto com os selecionadores (escalões jovens) por forma a uniformizar alguns aspetos ligados aos moldes de trabalho, desde a formação aos seniores, para que a transição seja apenas um complemento e não uma novidade.

Por outro lado, há necessidade de apostar-se nos jovens, num projeto a médio prazo, sem muitas exigências.

Jovens como Lukeny Gonçalves, Gerson Domingos, Sílvio Sousa, Bruno Fernandes, todos com menos de 22 anos, já não fazem parte do futuro do basquetebol angolano, mas sim do presente, porque são certezas e não promessas - já passaram desta fase.

Normalmente, os atletas mais novos, a nível da seleção, são os menos utilizados só porque são os mais novos, mesmo estando melhor. Portanto, são tabus que se tem de superar e começar a dar oportunidades “de facto” aos jovens, sem olhar para a idade, mas sim para o talento.

A estes juntam-se nomes como Islando Manuel, Gildo Santos (campeão africano jovem, mas dispensado para o Afrobasket2017), Yanick Moreira, atletas da mesma geração que várias vezes, juntos, defenderam as cores nacionais nos escalões jovens, que ainda muito têm para oferecer ao “cinco” nacional, assim como Leandro da Conceição, uma boa surpresa.

Estes, pelo que ainda têm para oferecer, merecem uma atenção redobrada, o que não quer dizer que os que tenham mais de 30 anos devam ser dispensados. Muito pelo contrário, estes vão contrabalançar a veterania com a juventude, mas apenas aqueles que ainda têm algo para oferecer.

Angola marcou 270 pontos, em quatro jogos, média de 67.5 pontos por jogo, capturou 159 ressaltos, sendo 109 defensivos e 50 ofensivos, uma média de 15.0 lances livres marcados e 23.0 falhados.