O actual regulamento para a eleição do presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), com a participação das Associações provinciais, exceptuando os clubes, deve servir de incentivo para a criação da Liga Profissional no país.
Em declarações hoje à Angop, em Luanda, o presidente da Associação Nacional dos Futebolistas de Angola (ANFA), Igor do Nascimento, defende isto mesmo e acrescenta tratar-se de um momento de os clubes da primeira divisão centrarem atenções na Liga.
Considera extemporânea a reacção de várias agremiações discordando da exclusão no regulamento de votação para os órgãos sociais da federação, já que a matéria foi revista e aprovada em Assembleia-Geral, em 2018, onde estiveram presentes.
O antigo internacional pela selecção nacional se opõe as vozes discordantes desse preceito legal e questiona, “por que apenas agora se levantam contra este facto?”.
À luz do novo regulamento, as colectividades votam na eleição das respectivas associações provinciais e estas, por sua vez, as representam no pleito da FAF.
No entendimento do antigo atacante do FC Bravos do Maquis e do Recreativo da Caála, a criação da Liga Profissional permitirá maior percentual de votos nas Assembleias, relativamente a outros órgãos associados.
Considera incoerente que clubes de topo no Campeonato Nacional da primeira divisão, como o Petro de Luanda ou o 1° de Agosto, tenham a mesma percentagem de voto que similares de nível inferior, alguns nem possuem o escalão de sénior.
Em Fevereiro último, o presidente da FAF, Artur Almeida e Silva, anunciou para Julho próximo a realização das eleições para o quadriénio 2020/2024.
A liga Profissional de Futebol pode ser implementada no país a curto prazo, de acordo com uma Comissão que trabalha para o efeito, encabeçada pelos presidentes do Interclube, Alves Simões, e do Petro de Luanda, Tomás Faria.
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