O Petro de Luanda levou este domingo para a sua galeria a nona Taça de Angola, ao vencer na final o Recreativo da Caála, com dois golos de Mabululu, em jogo que decorreu no estádio 11 de Novembro, no dia do 37º aniversário da independência de Angola.
Mabululu, o homem da partida, tem sido um suplente raramente utilizado. Hoje entrou de início e foi uma das apostas do treinador Miller Gomes para fazer dupla com Love Cabungula.
1ª parte morna
O Petro asfixiou a Caála no meio campo e no ataque, sendo que os caalenses só inverteram o quadro aos 20 minutos quando beneficiaram de um livre direto. Na marcação, Mangualde atirou forte, com a bola a bater no braço do defesa central petrolífero Bastos. O árbitro da partida, Helder Martins, nada assinalou.
A Caála passou a controlar melhor o jogo no meio campo. Já o Petro de Luanda apostava num futebol mais virado para as alas comandadas por Job e Mabina.
No Caála, Femy, Mangualde e Marinho estavam cientes das dificuldades, mas nunca facilitaram as coisas à equipa da capital, e mostraram que tinham vindo à Luanda para fazer história num dia que é de todos os angolanos.
O Petro esteve perto de marcar em duas ocasiões: Job, ao minuto 27, obrigou o guarda-redes Lokwa a fazer uma defesa instintiva com a perna, e cinco minutos mais tarde, Mabululu falhou o último toque que poderia abrir o ativo.
Como forma de "matar" o ímpeto ofensivo dos "tricolores", os jogadores da Caála optaram por fazer o antijogo. Ao intervalo tudo estava como começou.
Na segunda parte, a Caála acreditou no sonho de conquistar o troféu e melhorou a sua postura. Faltou apenas eficácia na finalização.
Love Cabungula, que pode ter feito o último jogo pela formação do catetão, teve aos 58 minutos, uma boa chance após passe de Job, mas foi desarmado quando tentava isolar-se na área adversária.
Coube a Caála fazer a primeira substituição tirando Vovó e colocando Maurito para dar outra dinâmica ao ataque. A equipa treinada por Miller Gomes (Petro de Luanda) fez a sua primeira alteração três minutos mais tarde com a saída de Mira que cedeu lugar a Mateus.
Mateus que foi uma das revelações "tricolores" na ponta final da temporada, no seu primeiro toque na bola por pouco não ganharia uma grande penalidade. O avançado colocou a bola na cabeça de Mabululu que caiu na grande área, mas o árbitro considerou jogo limpo.
Quando Mabululu ia sair, marcou
Depois de inúmeras oportunidades falhadas e quando se gritava das bancadas para a sua substituição, Mabululu abriu o ativo quando estavam decorridos 73 minutos, após passe de Job.
Depois de marcar o golo o Petro ficou mais solto, passou a acertar mais nos passes, contrariamente a equipa do planalto central que apesar de apresentar um futebol fino e requintado, mostrava algum nervosismo em alguns dos seus executantes, inclusive os mais experientes.
Já para lá da hora e numa altura em que equipa do eixo-viário fazia a contenção de bola, eis que Mabululu, oportuno e com o pé direito, ampliou para 2-0, terminando de uma vez por todas com as esperanças do Recreativo da Caála que viu cair por terra o sonho de conquistar o segundo troféu mais importante do futebol em Angola.
Coube ao Ministro da Juventude de Desportos, Gonçalves Muandumba entregar a Taça ao capitão da equipa do Petro de Luanda, Chara, enquanto as medalhas foram colocadas pelo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Pedro Neto.
Os "tricolores" além do troféu receberam um cheque simbólico no valor de quatro milhões 750 mil Kwanzas (39 mil euros).
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